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Não é de hoje que Juiz de Fora tem forte tradição política não apenas pelos personagens que produziu ao longo da República, mas – e sobretudo – pelo grau de politização de sua população. A constatação está na própria agenda dos candidatos, que, em suas andanças pelas muitas Minas, sempre colocam a cidade em sua agenda. Desta vez não foi diferente. Nessa terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro fez sua terceira incursão pela cidade em busca do voto para o dia 30. Nesta sexta-feira, o ex-presidente Lula fará sua segunda visita ao município na campanha eleitoral com o mesmo objetivo.

Ainda no primeiro turno, todos os candidatos a governador também vieram em busca do voto juiz-forano por reconhecer a sua importância e pelo fato de a cidade estar entre os cinco maiores colégios eleitorais de Minas. A 11 dias das eleições, certamente, tanto Lula quanto Bolsonaro não terão tempo para mais uma visita, mas suas militâncias utilizarão esse tempo para replicar os atos aqui registrados com a presença dos dois finalistas, sobretudo nas redes sociais, pois o mundo digital tornou-se estratégico na definição do voto.

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No entanto, a facilidade do mundo digital não tirou de cena o velho e eficiente corpo a corpo, pelo qual os políticos falam diretamente com o eleitor, o que é conhecido como olho no olho, quando é possível convencer e ser convencido. Os participantes de tais eventos são a prova material desse antigo processo, que ainda vai prevalecer por muitos anos por ser a matriz do que ocorre no virtual, isto é, as ações de rua ganham repercussão nas redes e servem de referência para a própria militância.

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Os dois candidatos participaram do corpo a corpo na tentativa de receber apoio dos indecisos da primeira rodada e dos eleitores de outras candidaturas ou para virar o voto do concorrente. O modo de ação chama a atenção, pois não passa, necessariamente, pela apresentação de projetos.

O primeiro debate de segundo turno, no último domingo, na TV Bandeirantes e seus parceiros, mostrou a estratégia dos dois lados, com ataques ao que consideram pontos fracos do oponente. Lula foi enfático na questão da saúde, sobretudo no combate à pandemia; Bolsonaro contra-atacou ao reafirmar a crítica de corrupção.

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Os números recentes das pesquisas são reveladores ao indicar que o eleitor espera um pouco mais, pois não há grandes oscilações nos dados, ficando a variação dentro da margem de erro. Os próximos debates podem ser definidores, embora o candidato petista já tenha anunciado sua ausência no SBT, que fará, em vez disso, uma entrevista com o candidato Bolsonaro, mas ainda resta o da Globo, na sexta-feira, dia 28, que poderá jogar mais luzes na disputa que ora se acirra ante a redução do tempo.

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