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Quando o governador Fernando Pimentel, num almoço com delegados, anunciou o deputado Bernardo Santana como secretário de Estado da Defesa Social, antes mesmo de divulgar a lista com os demais indicados, a leitura que se fez nos bastidores da segurança pública era de que a Polícia Civil seria a prioridade da nova administração. O parlamentar é próximo de delegados, e seu trânsito na categoria foi o passaporte para que ocupasse o comando da Seds. Nove meses depois, a situação, porém, ainda não é de comemoração, uma vez que o sistema ainda tem dificuldades, especialmente na área financeira, para manter suas metas. Na edição de ontem, a Tribuna apontou que Juiz de Fora, com cerca de 550 mil habitantes, tem apenas 35 investigadores para apurar todos os crimes sob sua jurisdição.

Os agentes têm feito a sua parte, mas, ante o aumento dos crimes – e a cidade não é exceção -, os investimentos na área de segurança estão aquém da necessidade. A Polícia Judiciária, a quem cabe o papel investigativo e de inquérito, é estratégica para a elaboração dos processos e, por consequência, dos julgamentos. A falta de equipamentos acaba comprometendo toda uma cadeia de investigação, que se reflete em números. Juiz de Fora tem, até o fechamento desta edição, 94 homicídios registrados apenas este ano e mais de 900 roubos. Como cumprir mandados e investigar todos eles com número tão precário de profissionais?

A falta de efetivo, que também afeta a Polícia Militar, é um dos gargalos em Minas, que tem números dietéticos se comparados a estados do mesmo porte. Nas duas corporações, o número de licenciados e de policiais fora da ativa aumenta gradativamente, mas sempre à frente dos números de contratados. Ao final, a sociedade amplia suas preocupações. Com um cenário econômico de incertezas, no qual o Governo federal anuncia corte de gastos, os estados também são afetados, mas a conta final continua com a população.

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