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Risco nas estradas

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O período de férias de meio de ano, quando cresce o número de viagens, joga luzes num tema recorrente na Tribuna: a situação das estradas que cortam a região. Os números falam por si. De acordo com levantamento efetuado pela repórter Sandra Zanella, as rodovias da região registraram mais de 350 acidentes nos seis primeiros meses do ano, com um saldo de 27 mortos e 377 feridos. A BR-040, por receber o maior fluxo de veículos, foi a recordista de casos, especialmente no trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, até o dia 26 de julho, foram registrados 255 acidentes, que deixaram 19 mortos e 296 feridos, no trecho sob responsabilidade da 5ª Delegacia de Juiz de Fora, que vai do quilômetro 591,3, em Itabirito, ao 831,4, em Simão Pereira.

A maioria dos casos ocorre na rota para a capital mineira, especialmente no trecho entre Conselheiro Lafaiete e o trevo de acesso a Ouro Preto, pelo qual passam diariamente centenas de caminhões pesados com produtos das mineradoras. A despeito do atendimento da concessionária, a pista tem problemas, pois em vários trechos não há divisão. Numa simples distração, o motorista muda de pista, o que leva a tragédias. O grave desse enredo é que não há perspectivas de mudanças no curto prazo. Além de não haver resultado de processo licitatório e de a atual concessionária – Via 040 – ter pedido para deixar a gestão, os custos de manutenção subiram de patamar.

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Na edição dessa segunda-feira, o jornal “O Globo” revelou um aumento de 80% nos custos dos insumos, que pode ter impacto nas obras de infraestrutura, o que afeta também a construção civil. Um dos agravantes foi a guerra da Ucrânia, que teve a inflação como um resultado global. As concessionárias de rodovias e de aeroportos já estão abrindo conversas com o Governo para recomposição de preços, mas sabem que até a eleição de outubro não haverá chance de qualquer reajuste para equilibrar suas contas.

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A situação das rodovias estaduais também é preocupante. Na mesma matéria, publicada na edição de domingo da Tribuna, é chamada a atenção para cenários que perduram há algum tempo. Na AMG-3085, que liga a BR-040 à MG-353, barreiras e depressão na pista são uma preocupação a mais para os condutores. “Os longos percursos em pista simples e a falta de acostamento e de sinalização em algumas partes representam os maiores perigos nas MGs 133 e 353”. Esta última liga Juiz de Fora ao Aeroporto Presidente Itamar Franco.

A BR-267, sob jurisdição do Dnit, tem demandas permanentes que não são resolvidas. Inaugurado no final dos anos 1970, o trecho entre Juiz de Fora e Caxambu tem vários pontos com sinalização precária e falta de acostamento, mas é no percurso entre Juiz de Fora e a BR-116 (Rio-Bahia), próximo a Leopoldina, que a situação é mais crítica, com falta de sinalização e de acostamento e buracos em demasia. A precária manutenção cria um cenário de risco permanente para os usuários.

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