Com nove pré-candidatos a prefeito – número que pode mudar até as convenções -, a cidade registra uma marca histórica nas eleições recentes. Nunca tanta gente se interessou pela cadeira do chefe do Governo como neste ano, o que é saudável para a democracia, mas que tem nuances próprias do jogo político. Como só pode ser um, os partidos fazem do voto majoritário uma estratégia para o voto proporcional, embora, em tese, sejam questões diferentes.
Mas só em tese. Os pleitos têm indicado que partidos sem cabeça de chapa, sobretudo os com maior número de filiados, tendem a ter problemas na formação de quadros nas câmaras municipais. Por isso, quando não têm candidatura própria, se envolvem no projeto majoritário indicando o vice. Chapa camarão não dá, porque os postulantes a vereador ficam sem discurso, não bastando as tradicionais promessas que fazem, mesmo sabendo que não são de sua competência, como asfaltamento de ruas e melhorias em suas regiões.
A partir desta semana, por definição da legislação, os partidos estão autorizados a oficializar os seus nomes, o que, de certa forma, antecipa, também, os entendimentos. É provável que nem todos os que se apresentam agora sejam homologados, mas a expectativa gira em torno dos acordos ora em gestação. Poderá haver surpresa, pois há articulações que envolvem mais de um candidato, todos sob promessa de acordo. Na hora derradeira, porém, não será possível indecisão. É hora de escolhas.