A redução no índice de infestação pelo Aedes aegypti em relação ao mesmo período do ano passado não significa que a cidade está livre da dengue ou da febre amarela. Ao mesmo tempo em que comemorava os números, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) advertia que o município continua em estado de atenção, o que leva a crer que a comunidade tem que se esmerar no cuidado. Os agentes de endemias, de novo, constataram que a maioria dos focos tem o perfil residencial, isto é, os mosquitos estão nas residências e nos terrenos em seu entorno. Por isso, a atenção deve ser redobrada, pois a contaminação está no seu período mais crítico ante a combinação calor e chuvas, responsáveis pela implantação dos criadouros.
O risco da redução dos índices está na própria população, que tem por hábito considerar que está tudo sob controle, ficando desatenta às ações que são necessárias. Basta alguma autoridade dizer que a situação está melhorando para boa parte abrir a guarda e esquecer as recomendações. Em entrevista à Rádio CBN, na manhã de quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Paulo César de Oliveira, anunciou uma série de ações para garantir que a comunidade não abra mão da vigilância. Além do papel esclarecedor dos próprios agentes, outros meios de divulgação serão empregados, pois tanto a dengue quanto a febre amarela são doenças que não podem ser desconsideradas.
Além disso, Juiz de Fora, por ser uma cidade-polo, acolhe uma população flutuante que passa de um milhão. Pelas contas da SMS, cerca de 1.6 milhão utiliza seus serviços, e a saúde é um deles. Como no entorno os números de incidência da dengue são tão, ou mais, preocupantes, a cidade fica vulnerável, o que exige atenção dobrada para combater a doença.
Esse enfrentamento, porém, não é uma tarefa exclusiva do Poder Público. Se cada um fizer o dever de casa, certamente os índices vão melhorar ostensivamente.