A intenção é boa, e a iniciativa, fundamental para ampliar as discussões, mas a realização de um novo encontro regional em busca do desenvolvimento da Zona da Mata, como o que estava previsto para ontem, em Cataguases, soa como mais do mesmo, uma vez que os dados apresentados, fruto, em sua maioria, de um longo estudo elaborado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais, já foram amplamente discutidos, restando, agora, a fase de implementação. Há anos, a região vem realizando eventos semelhantes, mas que acabam ficando na documentação, sem a fase mais importante: a sua execução.
Os diversos organismos já apresentaram suas demandas, por mais de uma vez, aos diversos governadores, mas o resultado ainda é aquém das expectativas. As próprias lideranças políticas e empresariais já passaram da fase do estudo, devendo, agora, ir diretamente à fonte e cobrar ações. O próprio secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, já conhece de cor e salteado o que dele se espera. A Zona da Mata carece de mais investimentos e tem que crescer de modo integrado, pois só assim sairá do fim da fila no ranking das áreas mais carentes do estado.
Durante recente fórum regional em Juiz de Fora, o governador Fernando Pimentel deu mostras de que já tem documentação suficiente para saber o que fazer, embora tenha pela frente, é fato, um período de vacas magras, que exige criatividade. Como é na crise que se distingue os meninos dos homens, é hora de esses atores usarem o talento para buscar novos caminhos.