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Atenção redobrada

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O mês de setembro, pontuado pela Semana Nacional do Trânsito e de enfrentamento ao suicídio, também é referência para uma discussão que ganhou ênfase no ciclo mais agudo da Covid-19: a saúde mental. A pandemia foi indutora de uma série de transtornos, mas também reveladora de problemas que a antecederam e que não eram levados em consideração ou relegados ao segundo plano. O problema, no entanto, é um dado real e preocupante.

O Parlamento Jovem, programa desenvolvido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em parceria com câmaras municipais – entre elas a de Juiz de Fora -, elegeu, por iniciativa dos próprios participantes, oriundos de escolas públicas municipais e estaduais, a saúde mental dos estudantes como tema a ser discutido este ano. Tal opção é emblemática e positiva, pois enfatiza a preocupação dos jovens com essa questão.

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O suicídio, que durante anos ficou fora dos fóruns de discussão, inclusive da mídia, é um dos temas que carecem de maior atenção, pois é uma das consequências de algum transtorno mental. Quem tira a própria vida não age apenas por um impulso de momento. De acordo com os especialistas, são dados avisos, sobretudo à família. Por desconhecimento, tais indicações eram vistas como birra, frescura ou falta do que fazer. A vítima, no entanto, pede socorro, e é preciso estar atento aos sinais. Há, é fato, situações de desespero, nos quais não há margem, sequer, para algum tipo de reação.

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Em Juiz de Fora, tanto a Prefeitura quanto a Universidade Federal prestam atendimentos especializados em várias áreas de saúde mental. Nesta edição, é possível encontrar outros segmentos que também prestam algum tipo de apoio.

A indicação do mês de setembro para discussão da saúde mental não significa que a matéria deva ser avaliada somente neste período. Trata-se de uma agenda permanente, cuja discussão se faz cada vez mais necessária. As muitas ações no cenário global replicadas pelas redes sociais levaram a mudanças de comportamento. O que era para amanhã ficou para hoje, e o que é para hoje tem que ser resolvido no agora. O mundo ficou mais acelerado, e nem sempre é possível acompanhar tal movimento sem algum dano. Ademais, pelos meios digitais, há um cenário lúdico de sucesso, como se os problemas fossem uma questão menor. E, quando esse mundo se choca com a realidade, também há repercussões.

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Como se trata de uma rota irreversível, estabelecer discussões frequentes em torno do tema é um antídoto, já que as mesmas redes sociais, que potencializam comportamentos, também podem ser o caminho adequado para colocar a questão em termos mais razoáveis para os usuários.

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