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Velhas demandas

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Passados dois anos de pandemia, quando o setor de eventos, bares e restaurantes viveram a maior retração econômica das últimas décadas, a retomada das atividades sem qualquer tipo de restrição sanitária tornou-se um desafio para enfrentar velhos problemas. Na edição de domingo, a Tribuna mostrou a movimentação em várias regiões, especialmente no Bairro São Mateus, e os incômodos aos moradores que repetem cenas do período anterior ao coronavirus.

É preciso avaliar com cuidado tal cenário, a fim de garantir o trabalho de quem cumpre as leis e punir somente aqueles que desconsideram a legislação. Também faz parte da discussão o papel dos usuários, que, mesmo fora dos bares e restaurantes, praticam ações próximas do vandalismo e comprometem o silêncio do entorno.

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Em nota, o Sindicato dos Bares e Restaurantes reafirma o compromisso com as normas estabelecidas pela Municipalidade e alerta que boa parte dos problemas ocorre fora dos estabelecimentos, embora possa admitir que nem todos seguem às regras e que, por isso, devem ser penalizados.

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Como a retomada das atividades está na fase inicial, há margem para uma discussão entre as autoridades e os representantes do setor, com a participação de lideranças da comunidade, para se estabelecer algum tipo de regramento no qual todos sejam contemplados em suas demandas.

Fechar indistintamente os estabelecimentos está fora de questão, mas também é fundamental garantir aos moradores do entorno o silêncio contemplado em lei e a segurança, que muitas vezes é colocada em xeque nas aglomerações. Não é de hoje que as redes sociais replicam cenas de tumulto, fora dos estabelecimentos, que acentuam a insegurança da população.

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Antes da pandemia, um dos pontos críticos eram os grupos que agiam como verdadeiros “bondes”, levando o medo a quem cruzasse pelo seu caminho, mas a insegurança não se esgota nesses personagens, havendo também entreveros que se estendem pelas madrugadas, frutos do uso abusivo de álcool e outras drogas.

As autoridades, sobretudo da Segurança Pública, têm mapeado diversas regiões e, certamente, conhecem as chamadas áreas quentes, que demandam maior atenção. Daí, a importância do policiamento intensivo, já que os postos fixos foram desmobilizados, sob o argumento de ser o patrulhamento móvel mais eficaz.

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