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Fora da curva

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Em meio a tantas notícias negativas, fruto, na maioria das vezes, das mazelas apuradas pela operação Lava Jato, o mercado de trabalho foi o ponto positivo. A criação de 59.856 postos com carteira assinada em abril foi melhor para o mês desde 2014. Em Juiz de Fora, surgiram 464 vagas e há oportunidade para mais 450, de acordo com dados do JF empregos. Tais números não significam uma virada do jogo, mas são reveladores de que as perspectivas são boas para os próximos meses, sobretudo se o Governo conseguir fazer as necessárias reformas, ora em tramitação no Congresso Nacional.

Por outro lado, a instância política continua emperrada em questões fundamentais, como a reforma política, que anda em círculos a despeito dos prazos que cada vez mais ficam menores. As comissões que discutem o projeto não chegam a um acordo e a cada dia o relator mostra uma novidade. Mesmo diante da reação dos pares, ele insiste na lista fechada, pela qual o eleitor vota nos partidos e não nos candidatos necessariamente, cabendo a estes elaborar as listas dos eleitos de acordo com a ordem de colocação.

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A ideia faz sentido, mas é prematura ante o modelo partidário vigente no país. A maioria das legendas, além de não ter vocação ideológica, é dominada por chefes políticos, que, nesse caso, iriam manipular as listas a seu bel-prazer. Os próprios deputados temem ficar reféns desses personagens, mesmo sendo bons de voto. Por isso, enquanto não houver redução de legendas, a lista é mais um problema do que solução.

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Alguns parlamentares já anunciaram que irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso essa proposta avance, e isso é um problema: o STF já foi chamado outras vezes e o resultado levou ao pior dos mundos, pois teve a chance de decidir pela redução dos partidos, com a cláusula de barreira, mas foi no sentido inverso. E deu no que deu.

 

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