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Propostas na mesa

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Em entrevista, nesta segunda-feira, à Rádio Transamérica Juiz de Fora, o deputado Luiz Fernando Faria (PSD) adiantou o nome dos convidados para o Encontro Político do dia 28 e destacou que entre eles está o ministro dos Transportes, Renan Filho. E disse mais, o ministro lhe teria adiantado que reservou recursos quatro vezes mais ao previsto em outros anos para resolver demandas em torno das rodovias federais que cortam a região, especialmente a BR-040, que tem dois gargalos que precisam ser resolvidos.

O primeiro envolve a Serra de Petrópolis, cuja relicitação continua sendo uma novela de muitos capítulos tramitando no Tribunal de Contas da União. Primeiro o relator retirou a matéria de pauta por não haver quórum. Numa segunda jornada simplesmente não colocou a matéria em pauta e, numa terceira tentativa, sequer tocou no assunto. Há pendências jurídicas que precisam ser resolvidas sob o risco de emperrarem também as boas intenções do ministro.

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Obras paradas são um problema, pois, em caso de retomada, vão precisar de profunda reavaliação, principalmente em se tratando de um túnel de quase cinco quilômetros, que livraria o trânsito das intermináveis curvas da subida. Após tanto tempo parada, sua reconstrução é um desafio a ser vencido, mas é preciso que o processo comece.

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Uma obra de tal porte, iniciada pela Concer, é de vital importância para os usuários da rodovia, alguns deles com uso diário por morarem na região serrana e trabalharem no Rio de Janeiro. Mas os demais também vivem seus dramas ante os riscos da rodovia. No ciclo das chuvas,eles são permanentes, ante a possibilidade de desabamentos. Por enquanto, tudo está como antes.

A segunda demanda do ministro, ainda na mesma rodovia, é o trecho entre Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte, no qual os veículos dividem espaço com os caminhões das mineradoras, gerando tensão e medo, sobretudo no período das chuvas. Houve, é fato, duplicação de um bom trecho, mas nas áreas críticas tudo continua como antes.

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O estranho desse impasse é a inação envolvendo as instâncias de poder e as empresas, já que a maioria está fora dessa rota há muito tempo. Pelo menos duas ainda usam a BR-040, embora tenham recursos e projetos para implementarem caminhos próprios entre as montanhas de Minas. O que hoje ocorre é de extrema gravidade bastando acompanhar as estatísticas. O número de acidentes neste trecho é incomparável com os demais. Os governos mudam e a situação continua a mesma.

O grave desse processo é que não faltam discussões. A Assembleia Legislativa, numa das legislaturas passadas, chegou a constituir uma Comissão Especial para discutir única e exclusivamente essa questão. O resultado se perdeu em propostas que foram solenemente ignoradas pelos governos e pelas empresas.

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É fato que há outras demandas para o titular dos transportes e para seus parceiros de primeiro escalão. O Aeroporto Regional precisa encontrar a sua real vocação, enquanto as vias de acesso – embora sob jurisdição estadual – precisam ser duplicadas para atender ao novo modelo.

O Seminário Político tem como meta discutir demandas da Zona da Mata e seu entorno, como as Vertentes e o Sul de Minas, mas Juiz de Fora, por si só, tem assuntos de sobra, podendo colocar no pacote as obras do Hospital Universitário e a BR-440. Todos são projetos federais que devem se colocados à mesa neste evento.

 

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