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Contrapartida dos estados

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A equipe econômica do Governo federal já tem em mãos relatórios do Governo de Minas mostrando a crítica situação econômica do Estado, o que implica uma ajuda de curto prazo da União. Como resposta, o Estado não está, ainda, em condições de ser beneficiado com a ajuda de emergência, embora haja reconhecimento do caos em que suas contas se encontram. É provável que alguma coisa seja feita após a visita do governador Romeu Zema ao ministro Paulo Guedes.

O governador foi informado que seu antecessor, Fernando Pimentel, além de recusar um acordo com a União, também não encaminhou todos os dados para os técnicos do Tesouro Nacional, daí a falta de informações sobre Minas. Embora isso possa ser superado, pois os novos administradores já estão avaliando a saúde da economia mineira, falta discutir as possíveis contrapartidas.

Pimentel argumentava que esse era o nó górdio para não assinar nada com a gestão Temer, pois Brasília queria, entre outras coisas, a privatização de ativos que são caros para os mineiros, como a Cemig e a Copasa, mas ele próprio quase vendeu a Codemig para fechar as contas. A bola, agora, cabe ao novo dirigente, que não terá vida fácil quando levar essa questão para a Assembleia.

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A Cemig é considerada um bem inestimável para os mineiros, embora seus balanços não estejam saudáveis e seus serviços tenham deixado a desejar. Em meados de sua gestão (1994/1998), o então governador Eduardo Azeredo fez um acordo com empresários americanos que assumiriam o controle da estatal. Foi o que faltava para o seu adversário, Itamar Franco, aguçar ainda mais o seu discurso. Para ele, os tucanos estavam entregando a Cemig aos estrangeiros sem que isso significasse a sua recuperação. Tão logo se elegeu, a primeira providência foi denunciar o contrato.

Itamar priorizou a Cemig, e esta se capitalizou de tal forma que adquiriu o controle acionário da Light, a companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro.

Uma das saídas para Zema seria abrir mão desse ativo antes de colocar a Cemig totalmente à venda. Se optar pela privatização plena, terá que explicar bem aos deputados e aos mineiros.

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