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Retomada de uma vocação

editorial
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Nos diversos eventos econômicos realizados em Juiz de Fora e na região, houve consenso na constatação envolvendo os índices de desenvolvimento da Zona da Mata. Ela tem ficado à frente apenas do Vale do Jequitinhonha, o que é um contrassenso histórico para uma região que já foi a mais pujante de Minas Gerais, especialmente no ciclo do café. Juiz de Fora chegou a disputar com Belo Horizonte o direito de ser a capital de Minas, quando Ouro Preto tornou-se inviável para desempenhar o papel de centro político do Estado.

Nesses variados fóruns, outra conclusão passou pela necessidade de união das lideranças políticas e econômicas, a fim de assegurar um papel mais assertivo nos gabinetes de BH e de Brasília, como é comum especialmente no Triângulo Mineiro, em que os políticos se desvestem de suas diferenças partidárias e ideológicos e se unem quando a causa é comum.

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No entanto, a despeito de não haver um claro consenso entre os políticos da região, é possível apontar para ações que podem se tornar referência para a retomada do desenvolvimento regional. Juiz de Fora está prestes a receber empreendimentos industriais de grande porte como a fabricante de embalagens Ardagh Group, que construirá duas fábricas na cidade: uma de latas de alumínio e outra de embalagens de vidro. Há outros projetos em curso.

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A partir deste domingo, a Tribuna, por meio de sua Agência Regional de Conteúdo, traça um perfil dos muitos negócios que estão em curso, sinalizando que a Zona da Mata se apresenta com grandes perspectivas de crescimento, sobretudo se houver uma integração de propósitos. Não basta um só município acolher todos os empreendimentos se o seu entorno se mantiver apartado dos investimentos.

O Programa Rio Pomba Valley, mostrado nesta edição, é um caso claro das possibilidades da Zona da Mata, a partir da “criação de um ambiente de empreendedorismo e inovação, com formação de pessoal capacitado, de parcerias entre empresas já instaladas e as que desejam se instalar na Zona da Mata”. O projeto está em curso desde 2022, embora tenha sido arquitetado há pelo menos quatro anos antes.

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Iniciativas de tal porte apontam para uma retomada da vocação de desenvolvimento da Região, embora ainda falte o aporte político a ser implementado por parlamentares das diversas instâncias, uma vez que a via política é estratégica no convencimento dos governos do estado e federal para a importância da região.
Há, é fato, avanços importantes, com parlamentares envolvidos na causa buscando parcerias, a fim de reforçar o discurso. A conciliação do político e as ações do setor produtivo formam o cenário adequado, no qual todos ganham. É hora, pois de virar o jogo.

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