As operadoras de telefonia móvel anteciparam, e Juiz de Fora já registra em vários pontos a tecnologia 5G, que muda os parâmetros de velocidade e tem influência direta em diversos setores. São os novos tempos que afetam diretamente a vida dos cidadãos cada vez mais dependentes da tecnologia.
O tráfego de informação ganha mais velocidade, e a troca de arquivos, que durante um bom período demandava tempo, agora se faz quase que de imediato. Outros serviços também ganham agilidade, já que não enfrentarão problemas de lentidão, a despeito de já no 4G muita coisa ter mudado.
As mudanças são abissais, sobretudo quando se buscam na memória os primeiros passos da internet no Brasil. O modelo discado era a novidade da época, mas, se comparado com os tempos de hoje, percebe-se o quanto era rudimentar. Não havia rede social. Hoje, o cenário é outro. As pessoas vivem conectadas 24 horas – com consequências até mesmo na saúde – e não conseguem viver fora das bolhas.
O lado positivo é o encurtamento das distâncias e a facilidade de conexão, mas ainda há caminhos a serem percorridos. Com novas tecnologias também crescem as possibilidades de abuso não apenas de informação, mas também com o uso indevido de dados. No primeiro caso, o enfrentamento às fake news deve continuar como uma missão da sociedade, sobretudo pelos danos que produz. A Justiça deve ficar atenta, e a política deve implementar leis que coíbam os abusos.
No segundo caso, os organismos de Estado também devem se antecipar ao crime e buscar ferramentas que acompanhem a inovação. Isso é possível e, em algumas unidades, já está sendo feito.
O 5G não é apenas uma ferramenta individual. Ele também repercute diretamente nos serviços, na indústria, no comércio. O mundo se depara com novidades diárias, como a inteligência artificial, que se tornou uma realidade. Os muitos experimentos já vividos apontam para um novo cenário, já que não se trata mais de uma abstração dos cientistas, e sim um dado real com influência direta no dia a dia.
Todos os avanços são bem-vindos, mas é preciso, acima de tudo, preparar a sociedade para essas novidades, a fim de garantir o uso adequado de tais ferramentas. As muitas experiências desvendadas, sobretudo, no período eleitoral, apontam para a necessidade de educar o usuário, a fim de que o 5G e outras tecnologias sejam utilizados para a promoção dessa mesma sociedade e não para desconstruir biografias e comprometer projetos. Não basta, pois, um mundo moderno. O ser humano e as estruturas de poder também precisam estar aptos aos novos tempos.