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É preciso otimizar o Expominas

editorial
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A cidade volta a sediar mais uma edição do Minas Láctea, o maior evento do setor, responsável também pela maior ocupação do Expominas de Juiz de Fora. Há, pois, uma conjugação de fatores que retoma a discussão sobre o futuro do Centro de Convenção. O governo já ensaiou a sua privatização, assim como da unidade em Belo Horizonte, mas as primeiras ações deram desertas, isto é, não surgiram interessados.

Quando lançou a pedra fundamental, na reta final de seu mandato, o então governador Itamar Franco considerava o Expominas um dos vetores para o desenvolvimento regional em articulação com o Aeroporto Regional que hoje leva o seu nome. Havia o entendimento de que a cidade precisava de um espaço capaz de acolher grandes eventos e de um aeroporto que facilitasse o acesso de lideranças empresariais. Deixou a missão para o seu sucessor, Aécio Neves, que a cumpriu integralmente.

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No entanto, não apenas na cidade, mas pelo país afora, os grandes espaços acabaram sendo substituídos por de menor porte, já que os grandes eventos também mudaram de perfil por conta da discussão digital. É possível fazer ações de grande porte sem a mobilização dos seus participantes, bastando ter um computador à mão.

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Mas este não é o pior dos mundos, já que, passado o trauma da Covid 19, quando todos os eventos ficaram suspensos, há claros indícios de retomada, o que pode ser um alento para os centros de convenção. O de Juiz de Fora enfrenta o problema da gestão, já que, por mais de uma vez, se levou em conta o desinteresse em transferir eventos de Belo Horizonte para Juiz de Fora, a despeito da capacidade do município, que tem uma rede hoteleira de qualidade, restaurantes qualificados e logística para atender aos participantes.

Atrair eventos é, pois, o principal desafio. Um único dado, mas relevante, é o acesso. Ele é feito pela BR-040, num dos trechos mais críticos. Trata-se de uma longa reta na qual a velocidade dos veículos costuma ir além dos limites. Eventos à noite no Expominas colocam os participantes em risco ante a necessidade – não há uma alternativa – de passar pela rodovia. Falou-se bastante sobre um acesso, mas tal possibilidade ainda não se consolidou.

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Em sua visita ao local, o vice-governador Mateus Simões terá a oportunidade de avaliar as condições do espaço e sair convencido de sua importância para a cidade e para a região, da mesma forma que o Minas Láctea, que leva milhares de pessoas ao espaço com conforto e sem problemas de acomodação.

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