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Na linha de tiro

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A morte de uma criança de dois anos, no último domingo, por estar no colo da mãe e na linha de tiro, foi um gesto pleno de insanidade, pois o suspeito de puxar o gatilho agiu sem medir as consequências. Na tentativa de atingir o inimigo – o que ocorreu parcialmente -, tirou uma vida que ainda estava no começo e no colo da mãe. Uma ironia da vida, pois era o Dia das Mães e essa jovem, agora, em vez de celebrar, terá lágrimas a derramar pela triste lembrança.
Esse não foi o primeiro caso registrado na cidade.

Há cerca de dois anos, um bebê também foi vítima de disparos. Não morreu, mas teve graves sequelas por conta de uma situação semelhante. No Rio, onde a vida tem menos valor ainda, uma criança também foi atingida, nesse caso, por uma bala perdida nos frequentes tiroteios que marcam a vizinha capital fluminense. Os possíveis autores não mostram nenhum arrependimento pelo gesto, considerando que suas vidas são permeadas por combates permanentes.

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A sociedade já discute a violência, mas essa questão não pode ser um tema temporário na agenda das ruas e, muito menos, nos programas partidários. Num ano de eleição, quando estarão em jogo a Presidência da República, governos estaduais, Congresso Nacional e assembleias legislativas, colocar essa questão na mesa é mais do que oportuno, pois a segurança pública voltou a ocupar o topo das listas das preocupações, passando até mesmo a saúde, que, durante anos, esteve em primeiro lugar. As metrópoles tornaram-se regiões conflagradas e até mesmo o pacato interior mudou de perfil, sobretudo por conta do avanço das drogas.

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Hoje, de acordo com dados de vários institutos de pesquisas, não há mais municípios infensos a esse flagelo. A proposta agora é como enfrentá-lo, a fim de garantir que a sociedade não irá abrir mão de diretos fundamentais como segurança e o direito de ir e vir.

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