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PIRES À MÃO

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A crise nos estados é um capítulo à parte no debate econômico, pois muitos deles estão tecnicamente quebrados, como é o caso do vizinho Rio de Janeiro e, não muito distante dele, Minas Gerais. Os dois estados, a segunda e a terceira maior economia do país, apresentam índices preocupantes, pois não conseguem encontrar saída para seus impasses, salvo a tradicional ajudinha de Brasília. A região fluminense não sabe como fechar o ano e pagar o 13º salário dos seus funcionários por conta da penúria do caixa. Em Minas, como a Tribuna mostrou ontem, os trabalhadores querem pressionar o Governo pelo pagamento em cota única do benefício, temendo, ainda, que o abono, como o salário do mês, seja escalonado.

O cenário estadual é uma versão antiga de outros problemas que passam não apenas pela relação com a União, que fica com a maioria dos recursos arrecadados, mas também por gestão. No início deste século, o Rio adotou uma agressiva política de concessões, como a Lei Rosinha, que, para atrair indústrias, fazia toda a sorte de concessões. O resultado foi uma expressiva migração de empresas, em prejuízo, especialmente, de Minas e, em particular, de Juiz de Fora, que não tinha meios de competir sob viés tão predador.

Os anos se foram, e o Rio, a despeito de tantas indústrias, não tem arrecadação suficiente para fechar o mês. O que era bom há alguns anos tornou-se um pesadelo, pois só subiram os encargos. Em Minas, a arrecadação também despencou por conta da desidratação do parque industrial, mas também pelo modo como as finanças foram conduzidas desde a gestão tucana. O governador Fernando Pimentel, que levou o PT pela primeira vez ao poder no território de Tiradentes, pouco mudou. Ao contrário, com a velha política de Dilma Rousseff, só agravou a situação, deixando todos, sobretudo os funcionários, apreensivos pelo dia seguinte.

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