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NOVA ETAPA

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O duro discurso da presidente Dilma Rousseff para uma plateia de dois mil sindicalistas da CUT, em São Paulo, no qual fez críticas aos “golpistas”, aponta para uma nova etapa no jogo político que se estabeleceu em Brasília. Com novo fôlego, após a decisão do Supremo Tribunal Federal de exigir ritos legais ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na análise dos pedidos de impeachment, o Governo tenta reverter o jogo, saindo das cordas, aproveitando a fragilidade do dirigente do Legislativo.

Isso, no entanto, não quer dizer que o jogo está encerrado, e sim que os embates vão prosseguir pelo mês de novembro, podendo até virar o ano, já que as oposições, a despeito da crítica de golpismo, vão insistir na tese do impedimento da presidente. Sem a força de antes, Eduardo Cunha deixa de ser a referência, embora nos bastidores já tenha dito que não cairá sozinho.

O foco das questões, no entanto, deve ser voltado para a economia. Se houver recuperação dos números e implementação de ações que garantam ver a luz no fim do túnel, as perspectivas mudam. Hoje, com duas frentes abertas – política e economia -, o reflexo chega às ruas, com o aumento do desemprego e, pela primeira vez, com uma ostensiva queda no poder de compra. Essa combinação é o vetor dos próximos dias, o que faz deles emblemáticos não apenas para o futuro dos atores políticos e econômicos, mas da própria população, hoje angustiada pelas incertezas do amanhã.

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