Em sua visita à região, o secretário de Transportes e Obras Públicas, Marco Aurélio Barcelos, revelou que pelo menos 25 sugestões sobre o que fazer com os hospitais regionais já foram encaminhadas ao Governo. Vale lembrar que o governador Romeu Zema, em meados do mês passado, instituiu uma consulta pública, a fim de obter dados para a tomada de providências. Os projetos, iniciados ainda no período tucano, nas principais cidades de Minas – especialmente nas de característica regional -, estão com suas obras paradas desde o ano passado, sem qualquer intervenção, sendo passíveis, inclusive, de furtos de equipamentos.
Na campanha eleitoral de 2014, o então candidato petista Fernando Pimentel prometeu a conclusão dos projetos, por considerá-los importantes para acolher a grande demanda de pacientes das regiões em torno das metrópoles. Reafirmou a proposta em vários discursos, mas não passou disso. O resultado são esqueletos espalhados pelo estado, sem perspectiva de complementação se depender única e exclusivamente do Governo estadual. A equipe de Zema já constatou que o Governo não tem dinheiro para tocar os projetos e considera que parcerias com o setor privado são fundamentais, daí o interesse em conhecer as propostas encaminhadas e sua possibilidade de implementação.
Até então, a única constatação é de que há uma demanda ascendente que precisa ser resolvida. Juiz de Fora, por ter gestão plena do SUS e ser referência na qualidade de seus serviços, é o centro de convergência da Zona da Mata e até de municípios do Rio de Janeiro, sem poder dizer não a esses atendimentos. O desafogo, como já foi dito aqui mesmo neste espaço, seria a entrada em funcionamento do Hospital Regional e do Hospital Universitário, outra unidade pública que carece de retomada de obras para sua conclusão.
O dado concreto desse enredo é a necessidade de fortes investimentos para implementação dos dois hospitais, cujos custos de paralisação também são altos. A obra física, porém, não é o dado mais relevante. Tanto estado quanto União, gestores primários dos dois projetos, precisam ter no lápis os custos de manutenção – estes, sim, o dado mais relevante – por serem permanentes.