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Indefinição das ruas

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Faltando cinco meses para as eleições, o eleitor ainda não se mostra totalmente convencido sobre a sua opção, especialmente nas disputas estaduais. O número de indecisos continua elevado e, na corrida pelo Senado, essa abstenção se acentua, a começar pela região Sudeste. Os mineiros – em maioria expressiva – desconhecem os pré-candidatos à única vaga ao Senado, embora a lista seja motivo de impasse em outras negociações. A insistência do senador Alexandre Silveira (PSD) em disputar a reeleição, depois de assumir o cargo na vaga de Antônio Anastasia, tem sido a pedra no sapato nas conversações entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).

A situação não é diferente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com muitos postulantes dentro do mesmo campo ideológico tentando entrar no vácuo do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula. As negociações estão emperrando a própria campanha, já que os interessados percorrem os estados sem a certeza da indicação.

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O eleitor, pelo próprio número de indecisos, ainda está à margem da disputa, reforçado por demandas prioritárias como a inflação. Depois de longos anos de experiência positiva, há, sobretudo entre os jovens, os que experimentam a incerteza dos preços pela primeira vez. A conta do mês começa a não fechar, o que leva a campanha eleitoral para o segundo plano. Ademais, as perspectivas não são nada favoráveis, não se observando qualquer reversão dos números. Ao contrário, no espectro global, a situação é a mesma. Os americanos vivem a inflação mais alta dos últimos 30 anos.

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Num mundo globalizado, o que ocorre entre os hemisférios tem repercussão imediata. O Banco Central americano (FED) aumentou os juros e derrubou os mercados, já que os especuladores correram para os EUA por conta dos ganhos. Alguém sempre paga a conta.

Esse cenário é emblemático para a política. Os candidatos especialmente aos postos executivos precisam falar para os eleitores o que pretendem fazer para reverter o quadro, mas sem o discurso fácil que só encontra solução nos palanques e não se replica no dia a dia. A saída nunca foi simples, daí a necessidade de avaliações consistentes, que apontem um norte seguro.

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Os próximos dias serão emblemáticos em todas as frentes. No dia 31 deste mês, termina o prazo para formação das federações e, já no mês que vem, é possível fazer convenções. Ademais, no território da terceira via, termina no dia 18 o prazo concedido pelos próprios participantes para definição de um nome para disputar a Presidência da República. A conferir.

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