Juiz de Fora tem dez mil pessoas que não foram vacinadas contra a febre amarela, a despeito da ampla campanha desenvolvida pelos órgãos sanitários e pela mídia alertando para os riscos da doença. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, a cobertura acumulada de 2017 a 2018 é de 100%. O contingente sem proteção pode se situar entre residentes na cidade, mas oriundos de outras regiões, especialmente o Rio de Janeiro. Agora, quando o verão bate às portas e as chuvas ajudam na disseminação da contaminação, é fundamental retomar as ações.
No ano passado, Juiz de Fora registrou 47 casos de contaminação e, mais grave ainda, com 14 óbitos. A febre amarela, quando não atacada a tempo, mata. Minas, de acordo com o Ministério da Saúde, é o segundo estado com mais casos, ficando atrás apenas de São Paulo. É bem verdade que ambos estão entre os mais populosos do país, mas é fundamental redobrar a atenção, pois o período ainda tem o risco da dengue. Pelos dados da Secretaria Estadual de Saúde, o período mais crítico se situa entre dezembro e maio, implicando, pois, medidas preventivas imediatas.
De modo geral, a população não mantém a atenção com frequência. Em qualquer episódio, basta uma melhora nos índices para baixar a guarda. Tanto na dengue quanto na febre amarela, a imunização adequada não implica, necessariamente, que medidas profiláticas não sejam mantidas. O mosquito causador da doença carece de combate permanente não apenas por conta dos órgãos sanitários mas também pela população, com medidas simples, como manter espaços limpos e sem água parada, que serve de criadouro. Se todos fizerem o dever de casa, conferindo também a carteira de imunização, a guerra contra as epidemias pode ser vencida.