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Respostas imediatas

editorial
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Fato isolado ou não, a Polícia Federal tem que investigar a fundo a série de explosões nas proximidades da Câmara Federal e do Supremo Tribunal Federal, que culminaram na morte de seu possível autor. O episódio ocorre às vésperas do G-20, quando o Brasil será sede do encontro das 20 maiores economias do planeta, com a presença de chefes de estado do porte de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, e Xi Jinping, líder máximo da China.

Mesmo não havendo conexões com os fatos, é fundamental investigar o que levou o autor a um ato tão extremo perto da Suprema Corte do país. Nas redes sociais sobram versões, inclusive a de que o alvo era o ministro Alexandre Morais. Os agentes não podem se contentar com comentários do mundo digital feitos sem qualquer base, fazendo parte apenas da rotina de um território no qual muito se diz e pouco se apura.

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Líderes do Senado e da Câmara Federal também pregam a investigação por ser o único meio de minimizar os danos que podem advir de tal episódio. O país não pode ficar à mercê das incertezas que se acentuaram a partir dos episódios de quarta-feira. Haverá outros atentados, foi um lobo solitário, ou outros personagens se articulam com o mesmo objetivo?

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Para tais perguntas são necessárias respostas imediatas, a fim de garantir a retomada da normalidade. Centro do poder, Brasília foi palco em 8 de janeiro de 2023 do lamentável episódio em que as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário foram depredadas, rendendo um processo que ainda está em curso.

Até mesmo eventuais beneficiários de uma possível anistia avaliam os danos, pois entendem que as explosões mexeram com o humor de ministros do STF e dos congressistas. Em meio às repercussões, tão logo o assunto chegou às redes sociais, o que se dizia é que o possível atentado enterrou o projeto da anistia. Ministros do STF teriam recomendado aos parlamentares a tirarem o assunto da pauta.

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Até essa questão precisa ser investigada, pois não se pode atuar em cima de especulações. O dado real é o episódio em si, sobretudo pela morte do autor, que poderia apresentar suas razões. Seria um suicida por razões pessoais ou familiares ou alguém de caso pensado, disposto a se imolar em torno de uma causa? O fato é que ele foi flagrado por câmeras de vigilância fazendo um périplo pelos poderes. Não era, provavelmente, um turista, mas alguém fazendo prospecção do melhor cenário para agir.

 

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