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Medidas de segurança

editorial
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A ação do sequestrador, que invadiu um ônibus na Rodoviária Novo Rio – no Centro do Rio de Janeiro – resultando em uma vítima, o estudante de engenharia e funcionário da Petrobras, Bruno Lima da Costa Soares (34), dá margem para discutir a violência e suas consequência e as ações, ou inações, que acabam contribuindo para o agravamento.

No caso de terça-feira, o sequestrador, que, segundo depoimento, fugia para Juiz de Fora, entrou armado no ônibus interestadual sem que qualquer medida de controle fosse utilizada para evitar tal fato. Enquanto nos aeroportos há um controle mínimo com utilização de detector de metais, nas rodoviárias pelo país afora o máximo que se faz é o chamado cara-crachá, quando o passageiro é obrigado a apresentar um documento de identidade acompanhando a passagem.

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O sequestro mostrou que essa medida não se sustenta como garantia de segurança, pois o autor do sequestro e dos disparos era egresso do sistema penal, deveria estar utilizando tornozeleira e não houve qualquer restrição ao acesso ao ônibus. Certamente, muitos outros suspeitos tiveram essa oportunidade, isto é, migraram de uma região para outra sem qualquer impedimento.

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Mas não basta imputar a responsabilidade aos gestores dos terminais rodoviários, pois o acesso também se dá em paradas no meio do percurso. O dado real é que não há no Brasil uma legislação federal específica que obrigue os terminais a implementarem sistemas de segurança semelhantes aos dos aeroportos. As medidas de segurança, normalmente, são reguladas por leis estaduais ou municipais, e sua aplicação pode variar de acordo com as circunstâncias locais.

Ante esse deserto de legislação, as medidas de segurança nas rodoviárias, muitas vezes, ficam a cargo das concessionárias ou das empresas que fazem uso de suas instalações, em conjunto com as autoridades de segurança pública. Essas políticas podem incluir câmeras de vigilância, inspeção visual de bagagens entre outras, para assegurar a segurança dos passageiros.

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É fato que os recursos disponíveis para a segurança dos terminais rodoviários são mínimos se comparados às verbas destinadas aos aeroportos, mas é preciso fazer alguma coisa além da simples verificação da identidade. O episódio no Rio foi, talvez, o mais grave, mas há histórico de outras ações ao longo do percurso pelas estradas, como assaltos e furtos, vandalismo ou crimes relacionados ao tráfico de drogas.

A adoção de medidas de segurança beneficia não apenas os passageiros, mas também as empresas que utilizam os terminais, uma vez que, em qualquer tipo de delito, há perdas como danos colaterais.

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A terça-feira registrou um expressivo número de desistências. A empresa teve, ainda, que custear o abrigo dos passageiros que justificadamente se recusaram a viajar no mesmo dia. Em suma, perderam todos, sobretudo a vítima, no auge da vida e com muitos sonhos em mente no novo e importante emprego na maior empresa brasileira.

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