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Exemplo que fica

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Uma luta de cerca de 30 anos se consolidou, nessa sexta-feira (12), com a inauguração do Jardim Botânico de Juiz de Fora. Fruto do sonho de muitos, o projeto teve protagonistas em várias instâncias que investiram na sua consecução. Trata-se do exemplo ideal para indicar que, quando há consenso em torno de uma meta, ela se torna mais próxima de um final feliz. Como foi destacado nos diversos discursos no evento, quem ganha é a cidade, pois, a partir de agora, a população tem mais um espaço de lazer e, principalmente, de reflexão sobre o bom trato do meio ambiente. O jardim é um santuário ecológico que deve ser preservado, cabendo aos usuários o principal papel de zelar pela sua manutenção.

Juiz de Fora e seu entorno têm outros ambientes que carecem de participação coletiva para sua implementação ou manutenção adequada. Nos últimos dias, a Tribuna apontou a situação de Ibitipoca, um cartão-postal na vizinha Lima Duarte, que deve receber apoio permanente. Perto dali, está em fase de discussão o Parque Serra Negra, cujo plano de manejo é fundamental para o seu uso sem riscos para o ecossistema e também para eventuais produtores, cujos direitos precisam ser preservados.

Em todos esses casos, o debate deve ser permanente, e a participação de todos os setores, estratégica. O mesmo raciocínio vale para outras demandas. Não é de hoje que a Tribuna vem alertando para a necessidade de participação coletiva em projetos que vão além dos limites do município. A Zona da Mata precisa ter um discurso único se quiser sair da desconfortável situação de uma das regiões com menor fluxo de investimentos privados e públicos, tanto do Estado quanto da União. Os políticos precisam se abster do viés solo e estabelecer conversas conjuntas, sobretudo quando há pautas relevantes para serem levadas às instâncias de poder.

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Na segunda-feira, a Comissão de Trabalho da Assembleia irá mandar seus representantes a Juiz de Fora para avaliar os riscos de um possível êxodo da Mercedes-Benz para outros estados. É um gesto positivo que deve ser estendido para outros projetos industriais. Se há a preocupação com a possibilidade de a montadora sair da cidade, é necessário destacar também as empresas que se sentem inseguras em aqui se instalar. De novo é fundamental falar da M. Dias Branco, a maior produtora de massas do país, que tem terreno pronto, boa vontade do setor produtivo e político da cidade, mas não possui o respaldo adequado do Estado, fruto, ainda, da inação da gestão anterior.

Por outro lado, os representantes ungidos pelas urnas devem retomar o debate sobre o Hospital Universitário e o Hospital Regional. Ambos são estratégicos nas políticas de saúde da Zona da Mata, mas só irão adiante se houver pressão. O Governo de Minas ensaia a retomada das obras dos hospitais regionais. A notícia é boa, mas será melhor se a obra na cidade, há tempos paralisada, for retomada no curso prazo.

 

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