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Áreas de risco

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Acidentes acontecem, mas muitos poderiam ser evitados se a prudência tivesse norteado os usuários do trânsito. Situada num vale, Juiz de Fora tem uma topografia problemática para veículos de grande e médio porte, que, inexoravelmente, têm que utilizar vias íngremes ante a falta de opção. Várias leis já foram elaboradas estabelecendo restrições, mas nem todas são seguidas, bastando acompanhar os exemplos diários no trânsito da cidade. Ocorrências não faltam: a Rua Espírito Santo já registrou acidentes de extrema gravidade, com vítimas fatais, na altura da Catedral Metropolitana, no cruzamento com a Rua Santo Antônio. O mais grave deles, porém, foi um pouco abaixo, quando um caminhão de mudança capotou, causando a morte de três pessoas. Acidente semelhante ocorreu na Rua Halfeld, também um pouco antes da Rua Santo Antônio. Em princípio, o trânsito de veículos pesados é vedado.

Proibição semelhante foi estabelecida para a pista de descida da Avenida Presidente Itamar Franco, a partir da Curva do Lacet, mas frequentemente é possível flagrar carretas fazendo uso, ora por má-fé dos motoristas, ora por falta de sinalização adequada alertando para os riscos. Os usuários da Alameda Ilva Mello Reis, no trecho entre os bairros Santo Antônio e Jardim Esperança, também sabem dos riscos e das proibições da via, mas vira e mexe cruzam com carros pesados cortando caminho, em vez de passar por Retiro até a Rodovia União e Indústria.

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O acidente da última quinta-feira, na Avenida Presidente Itamar Franco, esquina com a Rua Monsenhor Gustavo Freire, foi emblemático por apontar os riscos permanentes em torno da população. O caminhão que capotou, após bater em dois veículos no sinal, descia a via quando o motorista – segundo depoimentos – percebeu que o freio não funcionava. Conseguiu alertar um motorista que estava à sua frente e bateu em outros dois, já na principal avenida. Um restaurante nas proximidades já registrava um expressivo movimento e, por pouco, não foi atingido. Por sorte, os dois feridos, ambos em carros parados no sinal, tiveram ferimentos leves. O trânsito também deu um nó, com reflexos em outras vias durante o restante do dia.

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No momento em que prepara uma ampla revisão da mobilidade da cidade, a Prefeitura deve colocar em pauta também as vias nas quais o tráfego pesado deveria sofrer por restrições. São pontos críticos que carecem de atenção permanente, a fim de garantir a segurança dos usuários e dos próprios motoristas dos veículos pesados, que, em muitas vezes, ao chegaram à cidade, por falta de informação, ingressam em vias de grande movimento e com pontos íngremes.

Todo cuidado é pouco, daí a importância de os coletivos urbanos também estarem com suas revisões em dia, por conta das regiões que percorrem. Moradores da Cidade Alta, especialmente, vivem essa experiência todos os dias tanto na Avenida Presidente Itamar Franco quanto na Rua Gentil Forn. Prevenir, pois, nunca é demais.

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