Ícone do site Tribuna de Minas

DESAFIO PERMANENTE

PUBLICIDADE

A pesquisa em curso pela Universidade Federal de Juiz de Fora, que busca traçar um perfil da saúde em Juiz de Fora, é uma bússola que deve ser considerada pelas diversas instâncias, pública ou privada, por se tratar de um desafio permanente. O trabalho conduzido por uma doutoranda e várias mestrandas, ao qual a Tribuna teve acesso, é um documento que não pode ficar restrito ao campo acadêmico tal a sua importância. Pelos dados parciais apresentados na edição de ontem, fica claro que a terceira idade é a parte mais vulnerável do sistema e que não pode ser tratada apenas pelo viés médico. Pelos próprios depoimentos, fica explícito que os idosos carecem de outros investimentos próprios do cuidado permanente que se faz necessário.

Nesse aspecto, aliás, a cidade tem sido referência não apenas pelos projetos desenvolvidos pela Prefeitura e por diversas entidades privadas – muitas delas lideradas por abnegados – mas também pelo trabalho permanente de comissões, como a da Câmara Municipal, que sistematicamente atuam em defesa das pessoas com mais de 60 anos. A cidade, ao curso dos anos, obteve várias conquistas nesse sentido, embora sempre haja espaço para outros investimentos. Trata-se de um segmento de demanda permanente e no qual a saúde é fundamental.

A pesquisa tem dados surpreendentes, como a opção da maioria pelo SUS, embora 60% tenham planos de saúde. O Sistema Único de Saúde é uma referência mundial, sendo a gestão a fase crítica, pois seus conceitos são bem elaborados. Mesmo assim, a opção é um dado a ser analisado, sobretudo pelas operadoras de planos de saúde. Num cenário de economia frágil e de incertezas, os custos para os idosos sobem além da conta, o que pode ter significado também nessa opção.

PUBLICIDADE

Os dados levantados também servem de advertência para os que têm menos de 60 anos, induzindo-os a se prepararem para a velhice. Hoje, muitos agem como se fossem ficar permanentemente jovens e saudáveis, não tendo o devido cuidado consigo mesmo. Para um país com a terceira maior população de idoso, e que deve aumentar, cada um também deve fazer a sua parte.

Sair da versão mobile