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Encontros e desencontros

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Os dez primeiros dias das gestões federal e estadual, para muitos ainda com desencontros, não carecem de críticas contumazes por conta do curto tempo para se tomar pé da máquina pública, especialmente num cenário em que não houve continuidade. Tanto o presidente quanto o governador, além de estarem exercendo um cargo executivo pela primeira vez, são de um viés ideológico totalmente diverso dos ex-gestores. Em Brasília, nem tanto, mas no Estado a transição foi precária, com muitos dados sendo passados somente no apagar das luzes.

Embora sejam pertinentes as preocupações do presidente da Associação Mineira dos Municípios, Julvan Lacerda, quando diz que Zema está repetindo os erros do ex-governador Fernando Pimentel, é preciso paciência, pois ainda há pontos a serem desvendados pela nova gestão. Mas também, é fato, não pode demorar, sobretudo quando os compromissos são de curto prazo. A retenção dos recursos constitucionais dos municípios deve ser revista, pois os prefeitos também têm – e muitos – seus compromissos.

É de se esperar que até o final do mês os ajustes necessários já tenham sido feitos em razão da composição dos quadros de segundo escalão, muitos deles estratégicos para o funcionamento da máquina pública. Depois disso, o discurso de mudança termina, e a responsabilidade passa a ser plena do novo Governo.

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Ninguém desconhece os problemas enfrentados pelos entes federados, mas tão logo o Congresso e as assembleias tomem posse, o jogo começa, e os deputados e senadores devem ser acionados para uma discussão profunda sobre o modelo adotado no país. A União retém repasses, penalizando os estados, e estes, ao repetirem a mesma ação, comprometem totalmente as demandas dos municípios, fruto de um perverso efeito cascata.

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