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Fica Vivo

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No início do ano, o Governo de Minas anunciou a implantação em Juiz de Fora do projeto Fica Vivo, que desenvolve ações de combate aos crimes contra a vida. Definiu até o local. O Bairro Olavo Costa, no qual já há estrutura pronta do projeto Travessia, é o ponto de partida não só por conta de ser palco de ações nesse sentido mas também pelos índices de violência que continuam deixando a população em estado de medo permanente. Acontece, porém, que depois do anúncio não se falou mais nada. O mês de abril foi definido, mas ele já está em curso, e não se percebe qualquer movimentação que assegure o início dos trabalhos.

Esse silêncio vai na contramão das expectativas da comunidade, que há muito tempo anseia por políticas de impacto que revertam a atual situação. Na edição desta quarta-feira, a Tribuna destaca o caso do adolescente que teve as duas mãos decepadas por uma espécie de tribunal que o considerou culpado por ações na mesma região. Ele teve alta, mas seu retorno ao meio gera apreensões na própria família ante o risco de retaliação.
O enfrentamento à violência é o novo desafio dos órgãos de Governo, seja em qual instância, por conta dos números que crescem em proporções geométricas pelo país afora. Respeitadas as devidas proporções, Juiz de Fora tem seus problemas. O Fica Vivo se caracteriza pelo viés da prevenção, que implica não apenas a presença da polícia, mas também ações na instância social. As comunidades em situação de risco são apartadas de serviços importantes na área de lazer e até de saúde. A TM também mostra nesta edição o caso de uma Unidade Básica de Saúde, no Bairro Santo Antônio, que esteve fechada durante todo o dia ante a ameaça de uma pessoa inconformada com o atendimento.

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Essas situações se replicam quando o Estado se afasta, tendo como resultado, em algumas situações, o protesto coletivo, e, em outras, reações mais duras que acabam prejudicando a própria comunidade.

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