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Armas nas ruas

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A retirada de cerca de mil armas das ruas de Juiz de Fora, resultado de ações da Polícia Militar, é um golpe importante no crime organizado – às vezes nem tão organizado assim -, pois implica diretamente a redução do número de crimes tentados ou consumados contra a vida, como os próprios dados apresentam. O professor André Gaio, da Universidade Federal de Juiz de Fora, há anos vem apontando essa relação e destaca que o aumento expressivo de homicídios na cidade, experimentado nos últimos cinco anos, tem relação direta com o desaparecimento de mais de duas mil armas numa unidade do Exército.

Suas observações reforçam a importância do trabalho da Polícia Militar e da necessidade de manter essas ações. Mas é fato que aqui é apenas uma das pontas do problema, sendo fundamental o enfrentamento ao centro da questão. O tráfico de armas é uma realidade e carece de combate efetivo especialmente nas fronteiras. Para tanto, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, seguindo as recomendações do presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve dar prioridade a essa questão.

A União, a quem cabe esse trabalho, tem pecado ao curso dos últimos anos, tirando a prioridade de tais medidas a despeito de sua importância. O futuro Governo tem dito, em vários momentos, ora por meio do presidente, ora por seus interlocutores, que haverá mudança de rumos.

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Aliás, as duas prioridades dadas ao futuro ministro da Justiça mexem exatamente nesse ponto. A primeira é o combate à corrupção; a outra, o enfrentamento ao crime organizado no país, que virou um negócio de milhões, sobretudo pela leniência do Estado, por não agir na devida proporção.

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