O encontro de hoje entre o governador Fernando Pimentel e os deputados que formam a bancada da Zona da Mata é emblemático e importante, pois seria a primeira discussão formal das questões da região com o chefe do Governo e, ao mesmo tempo, momento para entrega das demandas que, até então, só chegaram oficialmente aos secretários. É certo que ele já as conhece, mas terá, hoje, a oportunidade de dizer o que é ou não factível. Assuntos não faltam, como a política tributária do vizinho Rio de Janeiro, que tem sido perversa para os municípios fronteiriços, como Juiz de Fora, responsável pela evasão de empreendimentos para cidades como Levy Gasparian e Três Rios, do outro lado da divisa.
Durante a campanha eleitoral, o então candidato disse que a cidade teria atenção especial por conta de sua condição de polo regional e, ao mesmo tempo, por ser importante no jogo político do estado. O que os deputados devem fazer não é apenas cobrar a conta mas também apresentar para o Estado a preocupação premente da região, que tem sido colocada em segundo plano há anos. Os diversos fóruns de discussão foram responsáveis pelo levantamento de uma série de questões que continuam no papel. Pimentel deve se posicionar diante de agenda tão ampla.
Mas receber os deputados não esgota sua agenda com a Zona da Mata.Com seis meses de mandato, ele deve inserir Juiz de Fora nos fóruns regionais que tem realizado em cidades de porte médio, pois há outras lideranças que precisam ser ouvidas, como as do setor produtivo, ora preocupadas não apenas com os números macroeconômicos mas também com problemas regionais, a começar pelas vias de acesso, cujas obras estão paradas e sem data para serem retomadas. O Fórum Regional é um projeto importante criado pelo governador, que tem, necessariamente, que passar pela Zona da Mata.