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Escolha coletiva

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A proposta de orçamento participativo apresentada na última terça-feira pelo prefeito Antônio Almas é um avanço a ser considerado, pois representa a voz das ruas na definição de medidas importantes para a própria comunidade. Ao mesmo tempo, ao elencar alguns projetos, o Executivo, em vez de tolher, está apenas filtrando, já que deixar a escolha em aberto pulverizaria as opções, criando um ranking pouco expressivo.

Iniciativas de tal porte devem ser seguidas de ampla divulgação, a fim de garantir a participação expressiva da comunidade. O modelo, a ser desenvolvido por um aplicativo, é o caminho adequado em tempos digitais, sem necessidade de atrair o eleitor para determinado ponto. Basta ele estar informado para participar.

O resultado dessa ação deve servir de referência para outros projetos. O Legislativo, no encaminhamento de demandas importantes, já deu um passo importante ao criar as audiências públicas, mas poderia também abrir para o mundo digital a discussão de projetos. Muitos temas, a despeito da divulgação, ainda passam ao largo, sem o conhecimento da coletividade.

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Outro dado a ser considerado é a perenidade do projeto. Ao retomar a participação popular na elaboração de parte do orçamento, como ocorria na gestão Tarcísio Delgado, o prefeito Antônio Almas – feitas as devidas avaliações – poderia considerar a possibilidade de tornar permanente esse modelo na lei de meios.

Com o incremento das redes sociais, a população tornou-se muito mais ativa na defesa de seus interesses, e o aplicativo Colab, já utilizado de forma eficiente na definição de bairros a serem contemplados com a administração itinerante, é um mecanismo eficiente para o diálogo entre as instâncias públicas e a população.

A ressalva fica por conta das propostas colocadas em votação. O ideal seria a sua distribuição por áreas, para evitar situações em que a população seja instada em optar entre a recuperação de uma escola ou a construção de um calçadão. Ambos são importantes, mas a lógica coletiva, quase sempre, irá optar pela escola. Salvo se mais de um for beneficiado pelos recursos.

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