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Por mais segurança

editorial
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A assinatura do contrato de concessão da BR-040, no trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte, vencido pela EPR Via Mineira, encerra uma etapa importante de uma novela de muitos capítulos envolvendo uma das principais rodovias do país. Quando a Via 040 ganhou a primeira concorrência e assumiu a concessão entre Juiz de Fora e Brasília, acreditava-se no fim dos velhos problemas, mas havia também a preocupação com um trecho tão longo e com tantas demandas, muitas delas de grande investimento.

Sem surpresa, a empresa pediu revisão do acordo e, em outra etapa, apresentou a sua demissão, que não foi aceita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, que manteve o contrato, mesmo precário, até a mudança de concessionária. O que aconteceu.

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Uma das mais longas rodovias do país, a BR-040 tem questões importantes a serem resolvidas. Entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, sob jurisdição da Concer, o ponto mais crítico é a subida da Serra de Petrópolis, cujas obras estão paradas há pelo menos dez anos ante um imbróglio judicial. Uma nova licitação deve incluir o projeto, por não haver sentido uma obra de tamanha relevância ficar à mercê do tempo, enquanto os riscos permanecem, sobretudo no período das chuvas.

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Em direção a Belo Horizonte, há áreas de risco que já demandaram discussões em diversas instâncias. A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, tinha programada uma visita ao trecho entre a capital e a cidade de Conselheiro Lafaiete, conhecido pelo elevado número de acidentes e da perigosa convivência entre os veículos comuns e os caminhões das mineradoras.

Espera-se que, a despeito dos investimentos anunciados pela EPR, as mineradoras também façam a sua parte e construam uma rodovia exclusiva para escoar sua carga. É preciso conciliar o progresso com a segurança. A Rodovia do Minério será um projeto em que todos ganham: as mineradoras, por terem uma via exclusiva, e os demais usuários da BR-040.

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E é aí que entra a nova concessionária. Entre as melhorias previstas estão a duplicação de quase 164 quilômetros; 42 quilômetros de faixas adicionais; 15 quilômetros de via; 34 correções de traçado; 14 viadutos; 57 pontos de ônibus; uma rampa de escape; 14 quilômetros de ciclovias; 17 barreiras acústicas para produtos perigosos; 11 passagens de fauna; implantação de um Ponto de Parada de Descanso; cinco postos da Polícia Rodoviária Federal e oito passarelas.

Embora o anúncio não contemple os locais beneficiados, os números falam por si, já que mais de dois terços da rodovia passarão por obras que facilitarão a mobilidade e, sobretudo, salvarão vidas.

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