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Times em campo

editorial moderno
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Pode se dizer que ainda é cedo para se falar das eleições municipais, mas o tempo dos políticos não é o mesmo do cidadão comum, que só se interessa pelo jogo eleitoral no apagar das luzes. No Brasil, desde o advento da reeleição, o político eleito toma posse já pensando no segundo mandato, o que faz da primeira jornada um processo voltado para o futuro. Por isso, quando o prefeito Antônio Almas admite, sem falar diretamente, que seu grupo tem um projeto político, está jogando o jogo, sem cometer qualquer desvio na sua postura de administrador com tantos problemas pela frente.

No seu caso, por ter assumido o comando há um ano, o jogo se faz diante de um cenário de dificuldade. O acordo firmado com o Governo estadual, que assegurou repasses em dia para os municípios, não garante, necessariamente, que as prefeituras terão sua capacidade financeira recuperada. A chave está na reforma tributária, que pode dividir melhor os tributos, e no pacto federativo, que tiraria das mãos da União a concentração dos recursos.

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A sucessão está no coração e na mente de muitos atores políticos, cada um ao seu modo atuando para chegar ao eleitor. Almas aposta na capacidade dos projetos que pretende implementar; os demais apostam não necessariamente no seu fracasso mas no desgaste do cargo, para se apresentarem como a solução da vez. Também é do jogo.

E, sob esse aspecto, como a Tribuna mostrou na edição de domingo, na coluna Painel, a fila de pré-candidatos começa a crescer. Os postulantes sabem da situação crítica dos municípios, mas não abrem mão de disputar. No jargão político, diz-se que a maior honraria é ser o prefeito de sua cidade, a despeito de outros mandatos que se tenha ocupado, por se tratar de um posto que faz história pela proximidade com o eleitor.

Falta um ano e meio para as eleições, mas as fichas começam a ser colocadas à mesa também por conta das articulações. Deixar esse movimento para a última hora é temerário, sobretudo por conta dos acordos que já estão em curso. É fundamental levar em conta o pleito para o Legislativo. Os candidatos a vereador, embora na reta final seja na base do salve-se quem puder, são atores importantes para a disseminação das metas dos candidatos a prefeito, daí a necessidade de se verificar como as legendas já atuam.
Como mineiro não perde o trem, as conversas já começaram.

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