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A praça é nossa

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A situação de várias praças da cidade é precária, como a Tribuna mostrou na edição dessa quinta-feira, apontando para a necessidade de sua revitalização, uma vez que a comunidade é a mais prejudicada. Em tempos em que a qualidade de vida é fundamental, sobretudo nas regiões mais carentes, a manutenção dos equipamentos é estratégica, a fim de garantir o direito ao lazer. Mas há questões que precisam ser levantadas. O Poder Público, num cenário de crise, não tem meios nem quadros para um acompanhamento frequente de todas as praças sob a sua jurisdição, o que indica a importância da coparticipação, isto é, a comunidade também deve fazer a sua parte. Afinal, a vandalização dos equipamentos é fruto da ação humana, geralmente do próprio meio.

As sociedades de bairro deveriam se articular com a Municipalidade para se proverem de instrumentos que facilitem o controle do espaço pelos próprios moradores, sobretudo em manutenções simples, como serviço de capina. Na primeira gestão Tarcísio Delgado, o modelo mutirão foi uma experiência positiva, pois instigava, inclusive, a colaboração entre a comunidade e o segmento público. Em pequenas ações, isso é possível, garantindo o benefício de todos.

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Um outro caminho é a participação de empresas privadas como patrocinadoras das praças mediante algum tipo de compensação. Dessa forma, a Prefeitura teria parceiros que dariam manutenção permanente, e não esporádica – por força da demanda -, que ora ocorre, e com capacidade de atender às expectativas geradas em torno desse tipo de empreendimento.

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Quando se discute o bem-estar coletivo como forma de melhorar o pertencimento e reforçar a identidade, os equipamentos públicos são fundamentais, daí a importância de praças conservadas e aparelhos de lazer funcionando. A adoção de parcerias não aponta, necessariamente, para a ineficiência do setor público. Trata-se, sim, da constatação de que todos podem participar em torno do interesse coletivo.

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