O prefeito Antônio Almas ficou de marcar uma nova reunião com dirigentes do Museu Mariano Procópio, membros do Conselho de Amigos e representantes da Funalfa para jogar luzes no processo estabelecido na mensagem sobre a reforma administrativa, pelo qual o Mapro estaria integrado às ações da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Tal decisão causou mal-estar e a renúncia do diretor Antônio Carlos Duarte, que, nessa sexta-feira, em encontro com o chefe do Executivo, reviu sua posição e confirmou que vai continuar no cargo.
O gesto de ambos é positivo, pois a renúncia, de forma intempestiva, foi provocada pela inabilidade na condução do processo. O próprio prefeito, em nota, admitiu ter errado em não comunicar o fato ao diretor, embora já tivesse, em outras ocasiões, falado sobre o tema. Por sua vez, ao voltar ao cargo, Antônio Carlos dá margem para uma discussão consistente sobre o que será feito, aproveitando o seu conhecimento do ofício de gestor da instituição. Num próximo encontro, tudo pode ocorrer, até mesmo a reversão do quadro e manutenção do atual modelo, é claro, sob um novo olhar, no qual a busca de meios de promoção do Mapro seja uma das prioridades.
Como a reforma tem poucas chances de entrar na pauta de dezembro da Câmara Municipal, por causa de sua complexidade e de outras discussões da própria Câmara, como a sucessão da Mesa Diretora, haverá tempo para uma nova rodada, na qual as dúvidas devem ser dirimidas para a busca de consensos. O museu tem um papel estratégico na história da cidade, sobretudo por ter um dos mais completos acervos do período imperial. Sua retomada plena é um dos desafios a ser enfrentado, a fim de garantir o acesso do público em todo o seu espaço, atraindo, assim, turistas para Juiz de Fora.
A gestão, seja em qual modelo for, terá que ser compartilhada pelos vários atores que atuam no setor, sobretudo se trabalharem sintonizados sob a coordenação do prefeito. Rupturas fazem parte do jogo, mas, se for possível superá-las, todos ganham, especialmente a cidade.