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Mulheres na política

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Maioria da população e também nos colégios eleitorais, as mulheres ainda não desvendaram as razões de não terem a mesma representatividade nas casas legislativas e nos postos de mando do Poder Executivo. No Congresso, a despeito do crescimento em relação à legislatura anterior, são apenas 77 deputadas num universo de 513 cadeiras. Em Juiz de Fora, no início do atual mandato, somente duas vereadoras ocupavam espaço num plenário de 19 cadeiras. Este número voltou para os patamares históricos com a ida de Sheila Oliveira para a Assembleia Legislativa.

Na edição deste domingo, a Tribuna dá espaço para uma ampla discussão sobre o tema. As posições variam, algumas delas em decorrência do viés ideológico, mas há consenso em torno da necessidade de a representatividade ser mais expressiva. A forma é o ponto a ser definido. Na Câmara Federal, há uma discussão que defende o estabelecimento de cotas, por entender que, por mais que a legislação avance, a resistência continuará. Dessa forma, além da cota de 30% de candidaturas, que haja também um piso para o número de cadeiras no Parlamento a ser ocupado por mulheres.

É uma luta árdua, bastando ver os números e as estratégias de pleitos recentes. Ante a obrigatoriedade de aumentar a representatividade feminina nas chapas, os partidos – a maioria deles sob o pleno controle masculino – criaram a candidatura laranja, isto é, candidatas que registraram seus nomes, mas não se apresentaram para o eleitor. O resultado foram milhares de postulantes que não tiveram um voto sequer.

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O fim das coligações, no entendimento de alguns especialistas, pode mudar a conformação interna das legendas, mas trata-se apenas de uma possibilidade. É preciso apresentar nomes com potencial de votos independentemente do sexo, da raça ou da cor e que disputem sob condições idênticas de oportunidade.

Quanto a estratégia de preparar candidatas, trata-se de um dado que deve ir além das urnas. A cidadania precisa se aproximar da discussão política, a fim de promover mudanças e entender que, quando se vai para uma disputa eleitoral, o ânimo é para conquistar o voto, e não apenas para cumprir tabela.

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