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Cartas na mesa

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Principal município da região e polo da Zona da Mata, Juiz de Fora está na agenda dos candidatos – o que já vem ocorrendo há algum tempo – em função do seu histórico político, da postura dos eleitores e de seu papel estratégico nas decisões do Estado, embora nem sempre tenha esse reconhecimento. Esta sexta-feira e este sábado são emblemáticos, uma vez que estarão no município o senador Antonio Anastasia, que já governou Minas e é postulante ao Palácio da Liberdade, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, e a pré-candidata à vice-presidência pelo PSOL, Sônia Guajajara.

Antes deles, por aqui já passaram postulantes ao Governo de Minas, à Presidência da República e ao Senado, além dos interessados em cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Na semana que vem, para respaldar a pré-candidatura da deputada Margarida Salomão, a ex-presidente da República, Dilma Rousseff, também estará em Juiz de Fora. Ela própria tem a pretensão de ocupar uma das duas cadeiras em disputa para o Senado.

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Esse ciclo seria natural, mas o que chama a atenção é a frequência que tende a aumentar com a aproximação das convenções partidárias e das eleições. Muitos dos visitantes estão com o discurso pronto, destacando a importância do voto juiz-forano. A ocasião é oportuna para se saber deles, também, o que têm para a cidade, hoje com dificuldades nas instâncias de poder a despeito de tantos interlocutores.

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Em 2014, cinco candidatos inscritos no colégio eleitoral do município foram eleitos deputados estaduais; outros três obtiveram uma vaga na Câmara Federal. Mesmo assim, salvo as exceções, nem todos responderam à altura o mandato que ganharam nas urnas. A cidade viveu e vive momentos críticos com os repasses tanto do Estado quanto da União, e, pelo andar da carruagem, esse cenário vai continuar na próxima legislatura.

Por conta disso, os visitantes e os pré-candidatos locais devem estabelecer um pacto com os eleitores voltado para as demandas da cidade e da região. A Zona da Mata, mesmo sendo estratégica, ainda é uma das menos favorecidas na liberação dos recursos oficiais. Essa posição tem que mudar.

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