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Conscientizar e reprimir

editorial
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Na edição dessa quarta-feira, a Tribuna destacou o estado de lixeiras públicas afetadas pelo vandalismo em vários pontos da cidade. Em pouco mais de um ano, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) instalou 980 unidades do tipo papeleira. Esse quantitativo, como destaca a repórter Letícia Bernardete, inclui os equipamentos que foram repostos, como a colocação em novos locais. Trata-se de um problema que afeta muitas metrópoles impondo mais um entre tantos outros desafios para os governantes.

Medidas preventivas, repressivas e educativas devem fazer parte de uma abordagem multifacetada para enfrentar o problema. No lado repressivo, reforçar a presença de agentes de segurança em áreas mais afetadas tornou-se uma necessidade, a fim de dissuadir potenciais infratores. Tal projeto pode se desenvolver por meio de patrulhamento regular, instalação de câmeras de vigilância e iluminação adequada em locais estratégicos.

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Como tantas questões, a participação da comunidade é vital para reduzir o vandalismo, com campanhas de conscientização e envolvimento mais direto formação de grupos de vigilância comunitária e estímulo à denúncia de atividades suspeitas.

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O Legislativo também pode colaborar aprovando normas que reforcem as penalidades para atos de vandalismo, por ser uma forma de inibir os potenciais infratores. As sanções podem ser multas e, na instância judicial penas como serviço comunitário obrigatório e até mesmo prisão em casos mais graves.

Quando se fala em vandalismo é necessário compreender que ele ocorre de diversas formas. No caso em tela, trata-se das lixeiras, mas há outras frentes que precisam ser avaliadas. No ambiente urbano, muitas vezes ele se manifesta em áreas degradadas ou abandonadas, o que deve induzir os governantes a investirem na revitalização destes espaços por meio de projetos de urbanização e manutenção.

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Educação continua sendo a fonte mais segura para enfrentar os atos contra o patrimônio público, daí a necessidade de se promover programas nas escolas e nas comunidades para mostrar as consequências negativas do vandalismo e a necessidade de preservação dos espaços públicos.

Feito isso, há repercussões em ações que se mostram como intervenção precoce, isto é, identificando comportamentos destrutivos, especialmente entre os jovens. Como prevenir é sempre uma estratégia de bons resultados, a conscientização e a intervenção precoce podem evitar que o vandalismo se torne um padrão.

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Além disso, é fundamental utilizar a tecnologia – a começar pela instalação de sistemas de monitoramento inteligente que possam identificar atividades suspeitas e alertar as autoridades. No caso de Juiz de Fora, as câmeras instaladas em diversos pontos inibem não só a ação dos vândalos, mas também coíbem outros tipos de delito.

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