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Obras paradas

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O périplo do reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Marcus David, em Brasília, em busca de verbas para conclusão do Hospital Universitário, é um gesto que não pode esgotar-se em si mesmo. Ganhou a solidariedade do general Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que se comprometeu a conseguir os recursos, mas carece, ainda, da participação das lideranças políticas que militam na instância federal, uma vez que o hospital é fundamental para a cidade e para a região.

Não se desconhecem as pendências jurídicas com resvalos na instância penal, mas tais questões deveriam ficar à margem do projeto. A busca de possíveis culpados por vícios contratuais não pode penalizar o usuário do sistema, hoje correndo de um lugar para o outro em busca de atendimento. Esse deve ser o ponto central a ser levado para o Governo: que se puna quem atuou à margem da lei, mas sem parar uma obra que, a cada dia que passa, fica cada vez mais cara pela necessidade de ajustes.

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A concepção inicial do projeto pode ter sido superestimada. Então, que se façam as devidas adequações, mas com a retomada da obra, cuja parte física está bastante adiantada. Se nada for feito, será mais um esqueleto a povoar a paisagem de Juiz de Fora, que vive o mesmo impasse em relação ao Hospital Regional.

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A cidade, ao longo dos anos, conquistou o papel de referência no atendimento hospitalar, mas tal marca pode se perder no tempo se esses dois hospitais públicos continuarem no tijolo. Se prontos, terão capacidade suficiente para atender à demanda crescente da Zona da Mata, sem comprometer o acesso dos juiz-foranos aos serviços de atendimento. O contrário, porém, é verdadeiro. Se nada for feito, no médio prazo, a situação vai se agravar sobremaneira, restando à iniciativa privada cobrir as lacunas deixadas pelas instâncias oficiais.

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