Apresentada pela Prefeitura Municipal e aprovada pela Câmara Municipal, a Lei 14.746 que atualiza Juiz de Fora ao Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, de 2016, e ao Novo Marco Legal das Startups, de 2021, é um avanço para a cidade num momento em que a inovação se tornou a palavra de ordem no mundo. Governos nacionais ou locais que não se adequarem aos novos tempos estão fadados a ficarem para trás nas políticas de desenvolvimento. Foi, pois, um passo adiante, sobretudo por contar com parcerias importantes que já têm a inovação como seu principal conceito.
Desde as primeiras discussões sobre o Parque Tecnológico estava clara a sua importância por mudar paradigmas e também por já se saber que é preciso investir numa área que tornou-se estratégica. O Parque, em sua concepção inicial, esbarrou nos entraves econômicos, mas até mesmo a sua versão mais modesta é importante, por induzir projetos de inovação.
Num tempo em que o mundo digital virou a referência e a inteligência artificial o novo desafio – O Google anunciou ontem a criação do Gemini, sua mais poderosa ferramenta de IA -, ficou claro que o conhecimento é a principal moeda para a implementação de políticas públicas ou privadas. As cidades que mais se desenvolveram deram espaço para a criação de novas startups, por serem polos de desenvolvimento de processos cada vez mais avançados.
Juiz de Fora sempre foi um polo importante e a adoção de normas que facilitem o desenvolvimento dessas novas ferramentas dá margem para a ampliação desse setor. A versão inicial do Polo Tecnológico era de ser o espaço ideal para incubar tais empresas, o que é um fato consumado no Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora – unidade que promove a transferência de tecnologia e soluções inovadoras para o desenvolvimento.
Para o setor público, a inovação é um dado real, por facilitar a implementação de novos sistemas de transportes que sejam mais eficientes e sustentáveis, valendo o mesmo para a saúde, com projetos mais eficazes e acessíveis.
A própria inteligência artificial, se provocada a tratar do tema, destaca que tanto o setor público quanto o privado só têm a ganhar com tecnologias de informação e comunicação, utilização da própria IA, para automatizar tarefas, e investimentos em Big datas para entender melhor as necessidades dos cidadãos e melhorar a eficiência dos serviços públicos.
Os gestores que se adequarem aos novos tempos devem, sim, implementar, em parceria com as câmaras, legislações que facilitem essa migração, embora atentos a regulações que garantam o uso ético dessas ferramentas.