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Sinal de alerta

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A despeito das muitas e visíveis dificuldades, a conta de dois anos de pandemia e da guerra na Ucrânia ainda não produziu todos os danos esperados e à economia global. O jornal “Valor Econômico”, em sua edição dessa quinta-feira, destaca uma advertência da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, sinalizando que o próximo ano será difícil para a economia mundial, com pelo menos um terço do planeta entrando em recessão. De acordo com Georgieva, até mesmo países que não entrarem em recessão vão “sentir” como se estivessem diante da abrangência da crise.

Além da pandemia e da invasão russa ao país vizinho, há outros fatores que certamente vão pesar no ano que vem. Há um claro aumento do preço de energia, dos alimentos e das pressões inflacionárias que vão persistir em 2023. Por isso, os atores econômicos devem ficar atentos ao que virá pela frente, sobretudo por conta do alto preço que já foi pago até agora – não apenas pelo setor produtivo, mas também, e sobretudo, pela população em geral.

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Durante toda a campanha eleitoral, os candidatos, com raras exceções, tangenciaram o debate econômico, ora por estratégia, ora por não ser uma pauta atraente na busca do voto. No entanto, na jornada final, em que apenas dois finalistas estão no ringue eleitoral, será necessário colocar o tema na mesa, mais ainda pelo peso da economia em todos os setores, inclusive na democracia.

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Quando os marqueteiros do então candidato à Presidência dos Estados Unidos Bill Clinton cunharam a frase “é a economia, estúpido”, não se tratava apenas de um lance de marketing para alcançar as massas, mas também uma constatação da importância de tal agenda na vida da população. Uma economia com problemas leva ao desemprego e às falências e compromete todas as etapas da vida social. Por isso, é preciso, sim, saber o que os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva têm como prioridade para a legislatura a ser inaugurada em 2023.

Durante toda a campanha e até mesmo quando já tinha seu mandato renovado pelas urnas, o governador de Minas, Romeu Zema, destacou a crise econômica que afetou o Estado. Apontou as causas e as consequências que ainda estão sendo vistas, carecendo de novas ações, como o Plano de Recuperação Fiscal atualmente parado na Assembleia Legislativa. A fala do governador estava, basicamente, focada no estado que comanda há quatro anos. Uma crise global tem consequências mais duras para as economias nacionais, sobretudo quando jogam para baixo o preço de commodities importantes para o Brasil, como minério e soja, que garantem o equilíbrio da nossa balança econômica.

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O próximo dirigente – seja pela continuidade da atual gestão, seja pela volta da antiga – vai precisar de ações impactantes para garantir que o país, em vez de ingressar no clube da recessão, apontada pela dirigente do FMI, passe ao largo e siga em frente na sua vocação de ser um player global.

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