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FUTURO INCERTO

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A democracia funciona adequadamente quando a economia está bem, pois esta garante a estabilidade das instituições e o fluxo normal dos interesses coletivos. Quando os números saem do controle, os interesses radicais afloram, e as questões tornam-se mais agudas, até mesmo as mais simples. Quem acompanha o noticiário político dos últimos dias e, especialmente, o do fim de semana, quando ocorre o maior número de análises, percebe que Brasília tornou-se um campo minado. A presidente já não estaria tão segura dos projetos de seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a oposição (leia-se PSDB) eleva o tom.

Os próximos meses serão emblemáticos, pois as medidas econômicas ainda não surtiram o efeito esperado, causando insegurança até mesmo na base que hoje garante o plano Levy de recuperação. O PMDB, o principal parceiro da presidente Dilma Rousseff, vive divisões internas, nas quais uma corrente já articula o desembarque do Governo. Se isso ocorrer, o efeito poderá ser de instabilidade política, pois a defecção chegaria também a outros aliados.

E a quem interessa essa situação? Essa é a questão que deve ser colocada na agenda dos partidos, pois não será uma simples mudança de guarda que vai resolver a crise econômica. Basta lembrar que a maioria das ações apresentadas pelo atual Governo estava no programa do PSDB, o principal adversário. Dariam certo numa gestão tucana?

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Os próximos dias serão emblemáticos, o Governo acuado pelos números e sem um Plano “B”, caso o projeto em vigor não funcione. O futuro, pois, é incerto.

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