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NOVOS DESAFIOS

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Na série de matérias envolvendo temas da reforma política, a Tribuna, na edição de domingo, abordou a compatibilização de todos os mandatos, fazendo-os coincidir para realização de um só pleito, para mandatos de cinco anos. A matéria tem grande possibilidade de aprovação, pois pesquisas iniciais apontam que a maioria dos congressistas está favorável à mudança. Desta forma, o país, em vez de eleições de dois em dois anos, só iria às urnas a cada meia década.

Trata-se de uma medida temerária, pois, a despeito dos custos, eleições são fundamentais para a democracia. Quanto mais, melhor. Ademais, seria uma polêmica mistura de agendas. Eleições nacionais têm um viés plenamente distinto da disputa municipal. A eleição de prefeitos e vereadores se escuda na paixão e no debate profundo das demandas da cidade. Se misturadas, correm o risco de ficar em segundo plano.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziukoski, não teme esse esvaziamento, observando que as discussões, hoje, são interligadas, mas há controvérsia. O país já fez tal tentativa e recuou.

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Há correntes conhecidas como experimentalistas que entendem que é preciso fazer experiências constantes para se encontrar o melhor modelo. No entanto, mais do que a coincidência, o financiamento de campanha e o fim das coligações no voto proporcional são temas que chamam mais a atenção. Um pacote inteiro pode significar uma reforma ampla, mas não dá garantias de ser a melhor atitude.

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