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A importância do cinto de segurança

editorial
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Na edição desta quinta-feira, a Tribuna apresentou um dado inquietante: “Cinco das nove pessoas mortas na BR-040 no mês de janeiro, no trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte, não utilizavam o cinto de segurança. O levantamento foi realizado pela EPR Via Mineira, concessionária que administra o trecho. A própria empresa anunciou que, para reduzir tal estatística, vai incrementar ações em parceria com a Polícia Rodoviária Federal com o viés educativo.

Em seu relatório, a EPR sinaliza que “apesar dos avanços na segurança viária, como a redução de 26% no número de mortes desde o início da concessão, a imprudência no trânsito ainda ameaça vidas”. E tem razão, uma vez que a segurança nas vias também depende da conscientização dos usuários.

Não são raros os casos de motoristas que se recusam a utilizar o equipamento, e a situação é mais crítica quando se trata dos passageiros do banco de trás. Há uma falsa sensação de segurança ao considerar que os riscos estão centrados na parte dianteira do veículo. Em dezembro, ainda de acordo com a concessionária, dos três óbitos registrados, um ocorreu pelo não uso do cinto de segurança.

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É fato que a situação das estradas nacionais é outro agravante. A BR-040, sob nova direção desde agosto do ano passado, tem vários pontos de risco que a concessionária garante resolver nos próximos cinco anos, especialmente entre as cidades de Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte. Além da ausência de divisórias nas pistas, o convívio com caminhões de grande porte – especialmente das mineradoras – cria um cenário de risco permanente, agravado no período das chuvas.

A EPR, já nas suas ações iniciais, destacou que tal trecho será o foco das primeiras ações, por reconhecer os riscos para os usuários, mas a discussão deve ser ampliada, a fim de assegurar que as empresas de mineração façam a sua parte, com a construção de vias próprias para escoar a produção. Recursos não faltam. Ademais, muitas delas já utilizam vias alternativas. O uso da BR-040, além de causar insegurança, é um dos principais fatores de comprometimento da pista.

Essa discussão, no entanto, não cabe apenas à concessionária. A instância política deve se fazer presente, a fim de agilizar as negociações. A Assembleia Legislativa, em mais de uma ocasião, implantou comissões especiais e grupos de estudos para tratar do problema. Basta, pois, colocar as sugestões em prática.

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Principal via a cortar a região, a BR-040 também tem demandas na direção do Rio de Janeiro. Se não houver mudanças, uma nova licitação vai ocorrer no mês que vem com uma pauta ampla. A questão central é a Serra de Petrópolis. As obras executadas pela Concer devem ser reiniciadas, após uma criteriosa vistoria do seu atual estágio. O uso da serra, remanescente ainda da União Indústria, há muito tempo tornou-se inviável por conta da insegurança, na qual a convivência com veículos longos é outro agravante.

 

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