Neste domingo, eleitores, nos 5.570 municípios brasileiros, terão a oportunidade de eleger seus representantes para as câmaras municipais e prefeituras naquele que é simbolicamente o principal momento da democracia: o do direito de escolher. O mandato dado aos eleitos é, na sua própria essência, uma procuração, renovada de quatro em quatro anos – salvo para o Senado – para que haja oportunidade de punição a quem descumpriu as metas traçadas em campanha, ou uma confirmação para quem trabalhou bem.
Em tempos de rede sociais, com suas vantagens e mazelas, o voto consciente é a peça necessária na hora da escolha. Os candidatos tiveram a chance de apresentar suas metas, agora é hora de o eleitor confirmar as que mais correspondem às suas expectativas, uma vez que, por tudo lhe foi apresentado ao curso dos últimos 45 dias, foi possível avaliar o que é fato ou fake, o que é factível ou não. É essa a importância do voto.
É comum o eleitor dedicar mais sua atenção para o voto majoritário – este ano para as prefeituras -, mas deve se voltar também para as câmaras municipais. O legislativo é peça vital no processo democrático, por ser de sua responsabilidade, além da fiscalização dos atos do Executivo, a elaboração de leis. Os candidatos a vereador ou vereadora são vistos, em expressiva parcela, como meros repassadores de demandas sob o viés assistencial. Trata-se de um equívoco que acaba repercutindo na própria movimentação dos candidatos que focam suas campanhas com promessas que nem sempre são de sua prerrogativa.
Quanto às prefeituras, a gestão é um dos principais desafios, já que tudo acontece no município. A despeito das discussões nas assembleias legislativas ou no Congresso, a repercussão ocorre no município até mesmo em pautas, como a segurança pública, que durante vários pleitos ficaram fora da agenda por não estar incluída nas ações diretas dos municípios. Hoje as prefeituras são pontos estratégicos para implementação de projetos para segurança da população.
Juiz de Fora tem oficialmente um Colégio Eleitoral de 390.203 inscritos, de acordo com números apresentados pelo Superior Tribunal Eleitoral. Para a Prefeitura estão aptas seis candidaturas. Para a Câmara, que a partir de 2025 terá 23 vagas, os números são bem mais expressivos, mas, ao fim e ao cabo, a palavra final será dos eleitores e eleitoras.
A importância do voto se manifesta diante da urna, pois em jogo também está o futuro da cidade. Com cerca de 560 mil habitantes, Juiz de Fora é, por suas características, polo de uma região com mais de 1,5 milhão de pessoas. Mais do que isso, acolhe demandas de um entorno que não é tão pujante como as metrópoles do Triângulo Mineiro ou da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A gestão de uma cidade desse porte e centro da Zona da Mata tem desafios dobrados. O eleitor deve ter também esse olhar na hora de definir.
O voto consciente é fundamental para traçar o futuro da cidade, da sua população e também do seu entorno. Votar é também o momento pleno da democracia. Deve, pois, ser valorizado.