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LINHA DÁGUA

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A presidente Dilma Rousseff, como afirmou um destacado representante da oposição, tirou o nariz da linha d’água e já respira, mas nada garante que seu inferno astral está chegando ao fim. Esta semana, o Tribunal de Contas da União irá votar as pedaladas do Governo, salvo se der certo a operação encaminhada pela Advocacia-Geral da União de atrasar a votação, o que pode ser um tiro no pé, por conta do entendimento dos próprios membros do TCU de estarem sendo pressionados. Mas tudo depende da economia. De nada adiantarão os esforços da presidente se esta não reagir ao ajuste apresentado pelo ministro Joaquim Levy.

Também deve ser levado em conta o papel da oposição. Para uns, tirar a presidente tornou-se quase uma obsessão, enquanto outros preferem que ela fique “sangrando” pelos próximos três anos, para chegar ao fim do mandato sem qualquer condição de manter o Partido dos Trabalhadores no poder. A questão a discutir é uma só: estão interessados no futuro da presidente ou estão preocupados com o país?

Se a ideia é manter o foco na chefe do Governo, as duas posturas se justificam. Se a preocupação for com o país, a discussão é outra. E este foi o ponto questionado na votação do ajuste, quando partidos, como o PSDB, que defendiam forte intervenção na economia mudaram sua postura votando contra o que pregaram apenas para não dar respaldo ao Governo. Por outro lado, setores governistas, mesmo sabendo dos danos ao seu próprio Governo, votaram contra o ajuste por dele discordar.

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É nesse cenário de incertezas e de incoerências que o país vai vencendo os dias, o que dá margem a preocupações de longo prazo.

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