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O papel da educação

editorial
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A Educação é o mais eficaz antídoto para o enfrentamento às mazelas da pós modernidade, por ser inclusiva, esclarecedora e matriz para oportunidades. Na última sexta-feira, a Tribuna passou pelo tema ao tratar de dois projetos distintos e, ao mesmo tempo, complementares por conta dos objetivos. O primeiro deles envolveu a possibilidade de aumento de vagas nas escolas de tempo integral, como promete o Governo Federal ao anunciar novos investimentos para esse segmento.

Juiz de Fora é sede de várias unidades e os resultados são positivos sob todos os aspectos bastando acompanhar o depoimento de pais e alunos que vivem esse projeto. Para as famílias, ter a criança sob a guarda de professores e especialistas é um alento, sobretudo para aquelas que trabalham durante todo o dia e não têm meios para garantir a guarda integral dos filhos. Mas são estes os maiores beneficiados ante a eficácia do projeto.

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Tal modelo não só alfabetiza como também educa, a despeito do velho discurso de educação ser um produto da casa e não da escola. No entanto, quando passa todo o dia numa instituição de ensino, a criança se habilita nas duas frentes por receber informações próprias para a sua formação cidadã. Não é de hoje que se cobra modelos de escola integral por conta de outras consequências, como criar barreiras contra as mazelas. Em vez das ruas, as crianças na escola saem do olhar da violência e de seus autores que vivem cooptando jovens para o seu meio.

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Ademais, em tempo integral é possível conciliar a educação formal com a formação profissional, o que é fundamental para um mercado cada vez mais competitivo e exigente. Por isso, uma outra parcela da população, como também apontou o jornal, está voltando aos bancos escolares nos projetos de educação de jovens e adultos.

Os depoimentos colhidos pelas repórteres Elisabetta Mazocoli e Leticya Bernadete são emblemáticos, pois apontam para os resultados de tal investimento. Chegam a ser comoventes os relatos de personagens como o que desistiu de estudar por não ter encontrado ambiente escolar favorável. Por ser uma pessoa com deficiência, o bullying que sofria criou barreiras. A angústia da fase adulta o fez regressar.

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E aí entra, de novo, a escola, ao destacar para os demais alunos que as diferenças são parte da vida e acolher os demais um projeto fundamental para a própria cidadania. A escola é inclusiva e deve dar margem para todos ascenderem a todas as escalas do conhecimento.

Há um longo caminho a se trilhado, uma vez que o projeto de tempo integral deveria alcançar o maior número possível de escolas, assim como os cursos que dão oportunidades àqueles que ficaram para trás.

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A educação também tem como meta formatar cidadãos capazes de discernir o fato do fake e apontar para a convivência democrática com respeito às diferenças. Não há outro caminho.

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