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Gato por lebre

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O Termo de Cooperação para o enfrentamento da desinformação no Processo Eleitoral, assinado nesta terça-feira pelo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), e pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente, tem papel estratégico não apenas nas eleições, mas nas demais ações que passam, especialmente, pelas redes sociais.

O documento foca especialmente a legitimidade e a integridade das eleições de 2022 e tem como meta primária estabelecer ações de cooperação entre as duas instituições, por meio da definição de ações, medidas e projetos desenvolvidos conjuntamente para combater as fake news no pleito deste ano.

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Um pleito de tamanha magnitude e com interesses de toda ordem em jogo tem que ser acompanhado de perto pelas instituições, sobretudo pelos danos que as fake news podem gerar na performance dos candidatos. A desconstrução de biografias tornou-se um hobby de setores que se habilitam a disseminar informações distorcidas, mas com forte grau de influência no eleitor.

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A notícia falsa já deixou, há muito tempo, de ser um gesto ingênuo. Com a chegada das redes sociais, tornou-se uma ferramenta estratégica, sobretudo pela forma profissional de sua propagação. O autor de fake news não faz uma publicação aleatória. Ele faz a emissão para determinada bolha, e esta, por consequência, faz a disseminação, estabelecendo uma “verdade” que mexe com corações e mentes.

À Câmara cabe o papel de estabelecer normas que impeçam as fake news e, sobretudo, que punam com severidade os responsáveis. Se nas eleições são um fator estratégico dos candidatos, no dia a dia, geram consequências ainda mais graves, como pôde ser visto na pandemia, quando remédios sem qualquer eficácia foram apresentados como fatores de cura. O país, também por isso, foi um dos recordistas em mortes.

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A campanha oficial ainda não começou, mas os pré-candidatos (só depois das convenções serão oficializados) já estão em campo, cada um ao seu modo, apresentando suas propostas e, sobretudo, já exercitando a crítica direta ao opositor, antecipando o ringue que será criado a partir da segunda metade do ano.

O enfrentamento às fake news na instância eleitoral deve ser uma causa de todos, pois ninguém está imune a ser alvo de uma informação falsa, mas quem perde diretamente é o eleitor, que pode ser induzido a comprar gato por lebre.

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