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PRÓXIMO ALVO

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A Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal, está investigando a atuação de parlamentares do Comitê de Obras Irregulares do Congresso, vinculado à Comissão Mista de Orçamento, entre os anos de 2011 a 2015. A suspeita, como destaca o jornal “O Globo”, é de que empreiteiras possam ter sido favorecidas na fase de elaboração da lista de obras do Governo federal que contêm indícios de irregularidades graves. Como o delegado responsável pelo inquérito, Felipe Alcântara, já pediu o nome dos parlamentares, considera-se que a instância política é o próximo alvo, embora vários outros parlamentares já estejam sob investigação.

O que se diz nos gabinetes de Brasília é que 2016 será um ano de fortes emoções no Congresso, uma vez que, além dos já notadamente envolvidos, outros nomes vão se juntar à lista avaliada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O dado que mais chama a atenção é o tamanho de tal relação, apontando para uma degeneração da vida pública pelo uso indevido do dinheiro público. Os desvios de recursos, os acordos das madrugadas e outras mazelas permeiam as conversas ora em curso, confirmando o quadro de corrupção que tem marcado as relações nas instâncias de poder.

Até onde esse processo vai chegar ninguém sabe, embora já se possam mensurar os efeitos colaterais das investigações, com a ampliação do descrédito dos políticos, a despeito de esses, como mostram os próprios números de pesquisa, já estarem no rodapé de todas as avaliações. Como o país não fez uma reforma adequada, as próprias circunstâncias vão obrigar o Congresso a repensar suas ações, pois é certo que o atual modelo se esgotou não pela sua ineficiência em si mas pelo modo como foi utilizado por esses mesmos parlamentares.

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