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Atores do ilícito

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Com frequência, o brasileiro começa o dia tomando conhecimento de uma nova operação da Polícia Federal, na sua parceria com o Ministério Público. Há dois dias, os agentes passaram por Juiz de Fora para desmantelar um esquema de aposentadorias fraudulentas, que já teria causado um prejuízo de quase R$ 3 milhões à Previdência. Ontem, a 40ª fase da Lava Jato prendeu três pessoas por prejuízo de R$ 100 milhões à Petrobras. A prisões ocorreram em Minas, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Vem mais aí.

A Lava Jato tornou-se uma operação na qual somente o começo foi definido, pois não há dia para acabar. Basta ampliar as investigações para se encontrarem novos atores do jogo ilícito, que fizeram dos cofres do Estado um ponto de referência para seu enriquecimento. Há, portanto, um longo caminho a ser percorrido tamanho o grau de uso não republicano das verbas oficiais.

Mas, quando se pensa que não há mais espaço para surpresas, o novo dia chega com suas próprias angústias. Ontem, além da ação da PF, o noticiário indicava a possibilidade de impeachment do ministro Gilmar Mendes, um dos mais ativos do Supremo Tribunal Federal. O pedido não é novo, mas o inédito foi a decisão de seu colega, Edson Fachin, ao pedir um parecer do Ministério Público. Gilmar está no centro do furacão por conta de suas posturas políticas e pendulares, que fazem dele um alvo à esquerda e à direita, sobretudo após referendar a liberdade do ex-ministro José Dirceu, a despeito do voto contrário do relator.

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O ingresso do Judiciário no fogo cruzado já era esperado, mas não por cima, como ocorre ao se colocar em xeque a lisura de um membro do Supremo Tribunal Federal, mas aponta que ainda haverá novos eventos pela frente. A conferir.

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