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Obras inacabadas

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No seu discurso de posse, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou que pediu o desenvolvimento de uma ferramenta pela qual prefeitos e governadores cadastrem obras federais paradas em suas regiões. Os gestores deverão indicar em que estágio a obra se encontra, o motivo da interrupção e a estimativa de orçamento para a sua conclusão. Segundo ele, a gestão inaugurada no último domingo, a despeito da transição, não recebeu nenhum dado sobre esse passivo que se espalha pelo país afora.

Rui tem experiência, por ter sido governador da Bahia por dois mandatos, e conhece a situação dos governos estaduais e municipais, que convivem com esqueletos de toda sorte, muitos totalmente abandonados e outros paralisados por uma série de ingerências. Ele ressaltou que o viés social terá forte apelo na definição das prioridades, o que pode inserir Juiz de Fora na lista dos municípios a serem contemplados por ações do Governo federal.

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Hospitais estão na lista do ministro, e a União ainda não concluiu o Hospital Universitário, cujo funcionamento é precário ante a falta de conclusão do projeto. Ele enfrentou uma série de intercorrências, e sua finalização deve estar na lista do ministro. O mesmo raciocínio vale para a BR-440. Embora suas implicações sociais sejam menores do que uma unidade de saúde, ela gera consequências para a população da Cidade Alta, sobretudo para os moradores de seu entorno, que convivem com um projeto que mais atrapalha do que ajuda a mobilidade.

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Pelo país afora há milhares de obras inacabadas, muitas delas autênticos elefantes brancos, por terem sido construídas ao sabor da demagogia política. Outras, no entanto, são importantes para a população, como é caso das obras na Serra de Petrópolis. Concebida no projeto original de privatização da BR-040, ela acabou ficando para uma segunda etapa que ainda não terminou.

O resultado é visto pelos usuários, que continuam convivendo com os riscos de uma estrada em curvas, sobretudo no sentido Rio de Janeiro-Juiz de Fora, que há muito tempo já teria sido substituída se a obra já tivesse sido finalizada. Um túnel de cerca de cinco quilômetros tiraria dos usuários todos os transtornos e os riscos, que se aguçam ainda mais no ciclo das chuvas.

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No caso em questão, as pendências judiciais é que levaram à paralisação, mas o Governo federal, que representa o poder concedente, deve resolver essa discussão. Uma nova licitação deve ser aberta ainda este ano, desta vez ampliando o trecho que hoje termina em Juiz de Fora, levando a concessão até Belo Horizonte. Uma segunda etapa começa na capital mineira e vai até Goiás.

O Governo deve investir forte na conclusão de projetos prioritários, uma vez que, parados, não ajudam em nada a população e ainda produzem custos de manutenção, que acabam sendo um problema adicional para o Estado.

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